Diretor diz que Timão não precisava vender jogadores e explica desmanches recentes
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Por Meu Timão
Em meio ao novo rendimento do Campeonato Brasileiro proveniente da oscilação ao longo das partidas, o Corinthians vive no atual momento um reflexo a partir das diversas mudanças recentes no clube. A principal delas, se deve ao desmanche no elenco vitorioso de 2015, o que gerou uma reformulação na equipe, porém sem a manutenção do nível técnico.
A respeito das diversas transferências no plantel de jogadores hexacampeão brasileiro na temporada anterior, Emerson Piovezan, diretor financeiro do Corinthians, revelou que o Timão não precisava vender jogadores, evidenciando que as escolhas pelas negociações partiram dos próprios atletas.
“Em nenhum momento a gente precisava vender jogadores, mas era preciso equilibrar despesas e receitas. E isso não quer dizer só cortar. Em uma empresa, você quebra se só cortar. A gente foi buscar mais receita, como patrocínio, para bancar o que tínhamos. Só que chegou proposta e o jogador tem total direito de aceitar, não tem como prender o atleta aqui”, disse em entrevista ao Lance!.
Com um total de 20 transferências desde o título nacional, Emerson mencionou alguns casos e garantiu que não há um padrão para manter o jogador no clube, tendo em vista que o desfecho varia de acordo com as cláusulas contratuais.
“Cada jogador é uma situação. Teve situações em que não conseguiríamos brigar. Posso citar aqui alguns casos. A gente só tinha o Renato Augusto, por exemplo, porque lá atrás fizemos um acordo com o Bayer Leverkusen (ALE) para que, se chegasse proposta, tinha que vender, era quase um empréstimo. Eu iria falar não? Era contratual. E não dava para cobrir. Esse é um caso, mas tem outros”, declarou.
Ainda sobre outras negociações, Piovezan destacou outros casos de jogadores que passaram pelo Corinthians e as poucas opções que o clube teve para segurá-los. “O Vagner Love veio e não gastamos um centavo, mas ele falou que se chegasse uma proposta de 1 milhão de euros ele iria embora. Apareceu, o que a gente poderia fazer? O Ralf fez um um pré-contrato e só recebemos graças a isso. Não é questão de não brigar, a gente conseguiria segurar alguns jogadores, mas não cabe a nós. Brigamos para manter o Bruno Henrique, mas ele tinha passaporte italiano, família lá e quis ir embora”, complementou o diretor do Timão.
Vítima do futebol chinês principalmente – devido à demanda financeira fora dos padrões brasileiros -, o Timão não apresentou qualquer tipo de cobertura de valor, principalmente pela atual dívida do clube e o pagamento da Arena Corinthians ainda em aberto.
“O difícil é conseguir fazer com que o jogador fique. Se você tem uma condição financeira totalmente favorável, tudo bem. Mas o jogador fala: “Vou ganhar um milhão. Quantos vocês vão me dar? 300? Obrigado!”, finalizou Eduardo Piovezan.
Sem a possibilidade de contratar até o final da temporada, o Timão segue em busca de uma vaga na Libertadores do ano que vem com o atual elenco que, embora não tenha grandes nomes assim como o de 2015, apresenta atletas que estiveram em boa fase recentemente, como Marquinhos Gabriel, pelo Santos, e Giovanni Augusto, pelo Atlético-MG, ambos no ano passado.