Sargento diz que polícia confrontou torcida do Corinthians para proteger famílias flamenguistas
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Por Meu Timão
Sargento agredido por torcedores do Corinthians durante confronto no Maracanã, no último domingo, Anderson Teles sugeriu que a polícia carioca agira em defesa das "famílias" localizadas nos setores da torcida flamenguista. De acordo com o policial de 42 anos, que há 15 anos faz parte do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), os corinthianos apresentavam risco aos rubro-negros que estavam nas arquibancadas.
"Minha intenção ali era proteger e orientar os torcedores. Quando vi que eles estavam tentando passar para o lado da torcida do Flamengo, onde só tinham famílias, tivemos de agir. Aí eles (corinthianos) partiram para cima de nós", relatou, em entrevista à TV Globo, publicada neste domingo, durante o programa Esporte Espetacular.
O que Teles não falou na reportagem é que foram os flamenguistas que começaram a confusão. Diversos relatos de corinthianos presentes no setor de visitantes do Maracanã apontam para arremesso de objetos e líquidos por parte da torcida do Flamengo. Os corinthianos responderam tentando quebrar a grade que separava os torcedores e, então, a polícia interviu com utiização de apenas três homens - um deles, Anderson Teles.
"Tomei duas voadoras na costela (...) Participei de confrontos já. Mas algo parecido com aquela situação? Nunca", contou o sargento.
Questionado pela reportagem se os policiais portavam arma de fogo no momento da confusão, Teles respondeu positivamente. O sargento, contudo, afirmou que não chegou nem mesmo a pensar em utilizar o armamento letal.
"Fazemos uso proporcional da força. Usamos gás lacrimogênio, bastão e chamamos reforço. Ninguém tocou em armamento letal. Por isso a calma, o controle emocional, são fundamentais. A arma é o último recurso", declarou.