Para Sálvio Spínola, marcação do pênalti que abriu o placar foi equivocada
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Por Meu Timão
Muito prejudicado pela arbitragem nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, o Corinthians, novamente, saiu de campo com motivo para reclamar neste sábado, após a goleada sofrida por 4 a 0 no clássico contra o São Paulo. O descontentamento, entretanto, contou com o apoio do comentarista de arbitragem Sálvio Espíndola, que defendeu a reclamação por parte do Timão.
O argumento principal corinthiano se deve à marcação equivocada de uma penalidade a favor do São Paulo, com o relógio marcando 11 minutos de bola rolando no clássico. Após jogada de Kelvin, Fagner desarmou o são-paulino, que foi ao chão. A partir do lance, o árbitro Cláudio Francisco Lima e Silva, assinalou pênalti para o rival.
Conhecido a nível nacional ao longo de sua carreira, Sálvia Espíndola, atualmente comentarista de arbitragem da ESPN, falou sobre a escolha da CBF pela escolha do árbitro. "Não era o árbitro que o mundo da arbitragem esperava para esse clássico, não era o árbitro que se esperava para Corinthians e São Paulo", declarou.
Na sequência, questionado se isso mudaria o jogo, Sálvio se limitou a responder com um sorriso e evidenciou sua opinião a respeito do lance que gerou o primeiro gol da partida. “Aos 11 minutos de jogo, né?! Eu acho que não [foi pênalti]", acrescentou, durante o programa Bate-Bola.
Em meio à intensa polêmica da jogada, ainda mais por se tratar de um clássico paulista e ter aberto caminho para uma goleada, Sálvio explicou, de maneira detalhada, seu ponto de vista sobre a marcação da penalidade.
"O Kelvin recebe, e o destaque é o seguinte: olha onde o árbitro está posicionado. Imagina se ele estivesse posicionado “aqui”, que jogada ele estaria vendo? Dá uma olhada: [ele estaria na posição do Thiago Mendes]. O que que o Thiago Mendes faz? Dá uma olhada aqui: recuando para se defender porque pelo posicionamento dele, ele também viu que não foi pênalti. Ele vê, na verdade, que o Fagner toca na bola. Então o que ele vai fazer? Vai se defender… Está voltando para se defender. Quando ele escuta o apito do árbitro ele vibra pelo pênalti, mas ali tá a referência", argumentou.
Para o comentarista, diversos indícios no momento da marcação, levam a crer que Fagner tocou somente a bola no momento do desarme. "O árbitro leva isso em consideração também [a movimentação dos jogadores]. Às vezes não tem a informação, não tem a imagem, ele pega o contexto do jogo. E é isso que eu quero mostrar. Dá uma olhada como o Thiago Mendes, com o ângulo aberto, diferente do árbitro, vê que o Fagner toca na bola e vai se posicionar, recuar para se posicionar", disse o comentarista, sobre o pênalti.
"E agora nós vemos no replay: o Kelvin corta e a direção da bola serve como referência. O Fagner toca com o bico da chuteira na bola e não atinge o Kelvin. Com [o toque do] Fagner a bola muda de direção. Não foi pênalti. O posicionamento do árbitro por trás do Kelvin foi traído pela jogada", completou.
Ainda somando 50 pontos, o Corinthians permanece com a sétima melhor campanha do Campeonato Brasileiro, podendo ser ultrapassado até o final da rodada. Sem compromissos na próxima semana, os comandados do técnico Oswaldo de Oliveira voltam a campo somente no dia 16, quando enfrentam o Figueirense.