Presidente da Conmebol explica mudanças e diz que clubes recebem mais que Uefa
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Por Meu Timão
No cargo de presidente da Conmebol desde janeiro deste ano, Alejandro Domínguez afirmou que a entidade máxima do futebol sul-americano já sofreu mudanças consideráveis em sua gestão. O dirigente revelou que a instituição futebolística não pagava impostos ou previdência social aos seus funcionários anteriormente, destacando também que houve um aumento de distribuição de verbas para os clubes e que, segundo ele, já paga as equipe mais que a Uefa.
“O que mudou na Conmebol? Mudou tudo. Os sistemas de administração estão abertos, com prestação de contas, com objetivos claros, com metas propostas. Hoje, podemos dizer que, proporcionalmente, em relação à receita da Conmebol, estamos entregando aos clubes, com a intenção de que eles repassem aos jogadores, mais do que a Uefa ou do que qualquer outra confederação do mundo", contou o mandatário em entrevista ao SporTV.
"Creio que isso já mostra qual é o nosso objetivo. Fizemos mudanças na administração, organizamos, profissionalizamos sistemas muito básicos, que não existiam na Conmebol. A Conmebol nunca tinha pagado a previdência social, nunca havia pagado impostos, não tinha profissionais capacitados para todos os cargos”, completou.
Soberana no território sul-americano, a instituição é organizadora da Copa Sul-Americana, que o Corinthians disputa nesta temporada, e da Libertadores da América. Segundo Alejandro Domínguez, a Conmebol passou a se dedicar ao futebol em sua gestão e, por isso, está convicto que a entidade não irá se envolver em escândalos de corrupção novamente.
“O que não existe é o espírito da corrupção, porque a corrupção é um flagelo. A corrupção está em todas as instituições e é preciso lutar contra ela. Estou seguro de que a cultura do futebol na América do Sul agora está a favor do futebol. O controle tem que ser de todos. Ninguém quer se envolver com problemas. Eu não vim para o futebol para ter problemas”, afirmou.
O presidente contou ainda que uma das metas da entidade futebolística é a redução da violência entre as torcidas organizadas do continente, ressaltando que não irá “tolerar” o envolvimento de diretorias de clubes com organizadas violentas. “Há muitas coisas para trabalhar ainda. Precisamos trabalhar forte e enfaticamente para acabar com a violência no campo de jogo. Dirigentes não devem, e sabem que não podem, se vincular com torcidas organizadas violentas”, comentou Alejandro Domínguez.
“As organizadas, as torcidas violentas. Chegou o ponto em que isso tem que mudar. Os dirigentes têm que mudar e serem responsáveis pelas instituições que gerenciam. Não podemos tolerar que os dirigentes endeusem seus clubes, não podemos ouvir que os clubes tenham problemas financeiros por má administração. E isso leva tempo. Porque muita gente pede, mas quando isso te afeta demora mais. A Conmebol já mudou, mas é preciso que todos mudem, inclusive o jornalismo”, finalizou.