Coelho defende base do Corinthians com unhas e dentes e fala sobre nova safra do Sub-20
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Por Meu Timão
O Corinthians está passando por um processo de reformulação em suas categorias de base e isso não é novidade para ninguém. Em meio a mudanças nas comissões técnicas e na diretoria, contudo, escândalos no departamento de formação de atletas do clube seguem sendo noticiados. Não há bagunça por lá, no entanto, de acordo com o técnico e ex-jogador Dyego Coelho, atual comandante do Timãozinho Sub-20.
Em entrevista concedida ao portal GloboEsporte.com e publicada nesta quarta-feira, Coelho analisou o atual momento do Corinthians no que diz respeito às categorias de base. O técnico, que assumiu o comando do Sub-20 no início do ano, foi tirado em março e voltou ao cargo em abril, negou que o departamento de formação de atletas esteja bagunçado.
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Não venham falar que a base do Corinthians é uma bagunça, porque isso aqui não é uma bagunça. Tenho plena certeza do que estou dizendo. É uma das melhores situações que já vivi na vida, trabalhar aqui. Tem gente que não sabe e diz coisas que nos chateiam", disse.
"Defendo mesmo. Não está uma bagunça. Teve problemas no passado, não vou ser hipócrita. Teve sim, mas com pessoas que, graças a Deus, não estão mais no clube. É vergonhoso ouvir essas coisas que realmente aconteceram. Mas foi um tempo atrás. Isso aqui não é uma bagunça", completou.
Nos últimos meses, o Corinthians protagonizou uma espécie de "limpa" na base. diretor Fausto Bittar e o coordenador Rodrigo Leitão, por exemplo, foram mandados embora e deram lugar a Carlos Nujud e Fernando Yamada. As equipes do Sub-13 ao Sub-20 tiveram mudanças em suas comissões técnicas.
Coincidência ou não, em meio ao processo de reformulação, o Sub-20 do Corinthians, principal categoria da base, acumulou maus resultados: eliminações precoces na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. Resta agora o Paulistão neste segundo semestre. Coelho se defendeu ao lembrar a recente "perda" de jogadores como Pedrinho para o elenco profissional e também destacou a principal missão do departamento:
"Precisamos fazer que as pessoas entendam: o primeiro trabalho da base é revelar. Claro que é para ganhar também, mas não adianta ganhar de qualquer jeito. Vai demorar para ter outro Pedrinho, um outro Arana, um Léo Santos... Maycon! É um trabalho constante de renovação, mas consciente", argumentou.
"As pessoas que estão no comando sabem: é doloroso quando você perde jogadores espetaculares e que faziam a diferença na base. Nosso trabalho é formar lá embaixo, no sub-10, 11, 13, para não ter mais essa 'largura' de gerações", acrescentou.
Por fim, vale destacar que, no entendimento de Coelho, o trabalho da base corinthiana em 2017 foi feito: a promoção de bons jogadores ao elenco do técnico Fábio Carille. Até o então treinador Osmar Loss foi parar entre os profissionais, como auxiliar-técnico.
"São quatro, cinco meses de trabalho. Mas o tempo voa. Parece que foi ontem. É uma fase diferente. Você vê a evolução de uma categoria, com uma geração muito boa, os principais jogadores estão no profissional... Tem jogadores 97, 98 no profissional, que poderiam estar aqui. Nosso trabalho foi feito", analisou.