Bastos abre o jogo sobre reserva e revela desejo de se tornar treinador
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Por Meu Timão
Responda rápido, torcedor do Corinthians: quais os líderes do atual elenco profissional? Se você incluiu o volante Fellipe Bastos, hoje terceira opção ao posto de segundo volante da equipe de Fábio Carille, acertou. Embora com poucos minutos em campo no Brasileirão 2017 (apenas dez), o meio-campista descarta se abater com a situação. Mais do que isso, sabe que precisa seguir trabalhando e, assim, a chance chegará.
“Já passei por muita coisa no futebol, aprendi muito, e sei que ficar de biquinho ou triste não traz benefício nenhum. O negócio é trabalhar e esperar a oportunidade. Porque ela realmente chega. Pedro Henrique e Moisés estavam no meu convívio, esperando chance e jogaram os últimos jogos”, lembrou Fellipe em entrevista ao portal Globoesporte.com.
Bastos, de 27 anos, tem no centroavante Jô o exemplo a ser seguido. Assim como o volante, o hoje artilheiro do Corinthians no Campeonato Brasileiro (12 gols) demorou a engrenar, sobretudo porque vinha de alguns meses sem atuar desde que deixou o futebol chinês, em meados de 2016. Companheiros desde a temporada 2015, quando foram rivais nos Emirados Árabes, os dois continuam bastante próximos no Timão.
“Jô é meu melhor amigo no Corinthians. No início do ano, estávamos os dois sofrendo com a readaptação ao futebol brasileiro. Sempre conversava para ele relaxar, que as coisas iam acontecer. A vitória por 1 a 0 contra o Palmeiras (no Paulistão), com gol dele, foi o ponto de virada do time no ano e dele também. A confiança foi lá no alto. Hoje, ele que me pede tranquilidade, fala para eu seguir trabalhando e para seguir sendo esse cara feliz”, declarou o volante, que ressalta o comprometimento do plantel com a disputa pelo título nacional – o Corinthians lidera a Série A com 50 pontos, sete de vantagem sobre o vice Grêmio.
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“A maturidade deste time é muito grande, a gente conversa e se cobra. Por mais que sete pontos seja uma distância boa, não podemos relaxar, não tem nada conquistado. Cássio está na Seleção e fica perguntando do treino no WhatsApp, como está a semana do clássico. Nós nos cobramos no grupo e no vestiário. Não podemos baixar a guarda, achar que tem algo conquistado, porque não tem. Temos de continuar nesta batida para conquistar logo o título”.
Apesar da condição de reserva atribuída a Fellipe, não é difícil ver o volante instruindo companheiros antes das partidas. Segundo o próprio camisa 21, tornar-se técnico de futebol no futuro está em seus planos. Carille, aliás, lhe serve de inspiração.
“Por ser o primeiro ano dele como treinador, me surpreendi muito com o Fábio, que é muito inteligente. Ele e seus auxiliares têm me feito crescer, estão sempre mostrando vídeos, me fazendo evoluir. Penso em ser treinador e tenho aprendido com eles. Acho que posso conseguir êxito, sou muito de observar e escutar as pessoas. Mas isso é lá na frente, vou jogar uns dez anos ainda”, afirmou.
Desentendimento com Clayton
Conhecido pelo bom humor que esbanja no convívio com os atletas no CT Joaquim Grava, Fellipe Bastos foi protagonista de um bate-boca com Clayton há cerca de duas semanas. O meio-campista chegou a xingar o atacante, que, no mesmo dia, acertaria seu retorno ao Atlético-MG, clube com o qual possui contrato. Questionado sobre o assunto, Bastos assume que se excedeu.
“Todo mundo quer ganhar e aquela foi uma cobrança que eu faço nos treinos e que também recebo. Mas acabei me excedendo um pouquinho, pedi desculpas no vestiário depois. Nem sabia que ele ia embora, ficou parecendo que foi pela briga, mas não tem nada disso. Desejei toda sorte para ele. Naquele dia quem errou fui eu, me excedi na forma. Por ser um líder do time, não posso fazer isso. É mais uma coisa para aprender e não repetir”, concluiu.
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