Mesmo prejudicado pela arbitragem, Corinthians conquista título inédito da Libertadores Feminina
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Na noite deste sábado, o Corinthians/Audax venceu o Colo-Colo, do Chile, nos pênaltis, no estádio Arseno Erico, em Assunção, capital do Paraguai. A partida dramática, marcada por arbitragem polêmica, assegurou às meninas do Timão o título inédito da Libertadores Feminina. As corinthianas, que não conseguiram construir a vitória no tempo regulamentar do duelo, se despedem da competição de forma invicta.
Para a finalíssima, o técnico Arthur Alias mandou a campo a seguinte equipe: Lelê; Paulinha, Carol Fricanco, Mimi e Yasmim; Patricia Llanos (Ana Vitoria), Daiane, Monique Peçanha e Kerolin; Grazi (Cacau) e Raquel.
Antes de se garantir na final do torneio, realizado desde 2009, o Corinthians venceu as seguintes equipes: Sportivo Limpeño, atual campeão, por 2 a 0; Deportivo Ita, da Bolívia, por incríveis 6 a 1; Santa Fe, da Colômbia, por 2 a 1; Cerro Porteño por 3 a 0.
Vale ressaltar, ainda, que o coletivo do Parque São Jorge é o quarto time brasileiro a assegurar o troféu da Libertadores Feminina. Apenas o Santos, duas vezes, o São José e a Ferroviária conquistaram o feito.
Primeiro tempo: Corinthians 'bombardeia', mas bola não encontra as redes
As meninas do Timão iniciaram a partida fazendo pressão na área adversária. Constantemente se lançando ao ataque, o time brasileiro assustou as chilenas, tendo sua maior chance de abrir o marcador ainda aos nove minutos.
A primeira investida do Colo-Colo aconteceu aos 11 minutos, mas logo as corinthianas recuperaram a posse e responderam com a atacante Kerolin. Aos 26 minutos, um lance chamou a atenção: dentro da área, jogadora rival encostou a mão na bola duas vezes ao cair, mas a árbitra venezuelana Eryerlitz Escalona marcou falta de Kerolin.
Em menos de cinco minutos, as jogadoras alvinegras finalizaram três vezes, mas a bola, quando não passava muito próxima da meta opositora, carimbava a trave. Quando Kerolin avançava à área, as antagonistas, tecnicamente inferiores, faziam marcação tripla. Sem tempo para mais nada e com muitas chances desperdiçadas, o primeiro tempo da decisão acabou em 0 a 0.
Etapa complementar: Mais erros de finalização e arbitragem negligente
Os minutos iniciais da etapa complementar foram marcados por perigo na área da arqueira do Timão, Lelê. Na sequência, no entanto, o Corinthians voltou a impor o ritmo do duelo. Aos oito minutos, Grazi limpou a marcação e arrancou. Cara a cara com a goleira rival, porém, a atacante perdeu ótima oportunidade de abrir o placar.
Aos 14 minutos, mais um lance negligenciado pela árbitra. Dentro da área do Colo-Colo, atleta chilena encostou, de novo, na bola, mas Eryerlitz Escalona mandou a partida seguir. Aos 27 minutos, o comandante Arthur Elias sacou Patrícia da equipe e promoveu a entrada de Ana Vitoria, um dos destaques do time paulista.
Pouco depois, Raquel caiu na área e opositora gritou em seu ouvido. Após se levantar, a corinthiana passou ao lado da jogadora da equipe do Chile que, então, simulou ter sido atingida. A brasileira, que não havia feito nada, levou cartão vermelho e foi expulsa injustamente.
Antes do fim do confronto, ainda houve tempo para que a venezuelana não desse ouvidos para uma terceira penalidade apontada pela corinthiana Cacau. Fim da etapa complementar entre Corinthians/Audax e Colo-Colo e decisão nos pênaltis decretada.
Penalidades - Nas penalidades, finalmente, deu Corinthians! A estrela da goleira Lelê, que defendeu dois pênaltis e contou com uma cobrança desperdiçada pelas adversárias, brilhou e a justiça foi feita. O Timão garantiu o seu primeiro título da Libertadores Feminina!
Corinthianas comemoram, merecidamente, o título inédito da Libertadores
¡Parabéns Audax/Corinthians! 🏆👏🏼 pic.twitter.com/6jaOjtK533
— Fútbol Femenino (@CONMEBOLFF) 22 de outubro de 2017