Corinthians e Santos duelam na noite da próxima segunda-feira, a partir das 20h, no Pacaembu, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Paulista. O técnico Fábio Carille sinalizou pressa para definir a escalação do Timão e projetou já mandar os 11 titulares a campo no treino deste próximo sábado – a atividade será fechada à imprensa conforme anunciado pelo próprio treinador em tom irônico num desabafo sobre a imprensa.

"Dentro das ideias deles (Santos), vão tentar pressionar mais, acelerar mais. Não acredito em mudanças de características, como colocar o Cardoso como um 9, um pivô. Mas temos de esta preparados para tudo. Quero possivelmente até amanhã definir os 11 para então preparar o time para essas situações", discorreu o treinador corinthiano, em entrevista concedida nesta sexta-feira no CT Joaquim Grava.

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Questionado sobre o Pacaembu como possível campo neutro apesar do mando e da torcida santistas, Carille evitou polêmica. O treinador alegou não considerar o local da partida como um influenciador para qualquer uma das equipes. Foram citados como exemplos jogos contra Palmeiras, Santos e até a mais recente derrota para o Ceará, na qual o Timão entrou com jogadores titulares, que aparentemente sentiram cansaço na reta final do jogo.

"O campo não influencia, se é em casa ou fora o respeito é o mesmo. O que comanda é dentro do campo. Quando fui para o jogo contra o Palmeiras, no qual não tinha conjunto nenhum e fui fechado, se perdesse seria retranqueIro. Como ganhei, sou gênio. Falam muito do nosso trabalho em cima do resultado. Se vou com time mesclado e perco, por que não fui com titular? É assim. Já ganhamos título na Vila, na final do ano passado perdemos para o Palmeiras", argumentou o comandante corinthiano, antes de calcular o favoritismo:

"Hoje vejo 55% para o Corinthians por conta dessa pouca vantagem na primeira semifinal", afirmou, se referindo à vitória por 2 a 1 no jogo de ida, domingo passado, na Arena.

Por fim, o treinador corinthiano também projetou algumas situações prováveis para o clássico decisivo que o colocará frente a frente com um dos principais técnicos do futebol brasileiro na atualidade, o argentino Jorge Sampaoli. Carille aposta num jogo aberto com chances de gol.

"Se for sofrido e classificar, que seja. Já pensou não ser sofrido e não classifica? O jogo vai mostrar. Importante é você estar preparado para fazer o que é melhor dentro daquela situação do jogo. Acredito que teremos várias oportunidades e precisamos estar prontos para aproveitá-las", comentou.

"Alguma coisa sempre dá pra fazer, detalhes para surpreender. Às vezes projeta o jogo de uma forma ou de outra. Mas as ideias são praticamente as mesmas. A gente consegue definir as coisas melhor quando sai a escalação 40 minutos antes e depois com cinco minutos de jogo os dois técnicos já têm uma ideia de qual é a proposta do jogo", finalizou.

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