Sanchez brinca ao ameaçar o emprego de Mano Menezes: 'O Tite está aí'
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Por Meu Timão
Diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a partir de janeiro de 2012, o presidente corintiano Andrés Sanchez voltará a ser chefe do técnico Mano Menezes. O gaúcho só não foi demitido do Corinthians em 2009, após eliminação diante do Flamengo na Copa Libertadores da América, porque o mandatário resistiu à pressão de torcedores organizados. A paciência poderá não ser a mesma na Seleção Brasileira.
'Sou difícil de mandar treinador embora, mas o Tite está aí', brincou Andrés Sanchez, que participou de um debate dos 'Seminários Brasileiros', em auditório do Museu do Futebol, na tarde desta segunda-feira.
O atual técnico do Corinthians foi mais um beneficiado pela postura de Sanchez de apostar na longevidade do trabalho de treinadores. O presidente que só demitiu Adilson Batista ao longo de sua gestão não atendeu a cobranças ainda maiores para se desfazer de Tite depois da catastrófica eliminação diante do colombiano Tolima, na pré-Libertadores, e da queda de rendimento no Campeonato Brasileiro.
No próximo ano, contudo, as preocupações de Sanchez não serão mais o Corinthians. O novo diretor de seleções da CBF prometeu 'mudar muita coisa' na entidade. Ele também já se prepara para se mudar para o Rio de Janeiro. 'Vou para lá para não levar bola nas costas', disse, bem-humorado ao falar sobre seu futuro salário. 'Ainda não sei quanto vou receber. Quando souber, vou dizer, sem problema nenhum. Deve ser uns pares de R$ 50 mil. Mas podem ter certeza de que é mais do que eu preciso e pouco pela encrenca em que vou me meter', sorriu.
Embora já até brinque ao ameaçar o emprego de Mano Menezes e esteja cada vez mais bem relacionado com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Andrés Sanchez insistiu que continua não tão influente no futebol brasileiro. 'Não tenho esse poder todo que dizem por aí.'
Emprego de risco
Em entrevista para a ESPN Brasil, o técnico Tite não mostrou o mesmo ânimo de Andrés Sanchez sobre a possibilidade de passar um longo período no Corinthians. Ao ouvir que poderia seguir o exemplo do britânico Alex Ferguson, no comando do Manchester United desde 1986, o gaúcho riu: 'Não tem jeito nenhum de isso acontecer. A cultura do futebol brasileiro não me permite chegar perto do Ferguson. Imagine se eu passar três anos sem ganhar nada'.
Fonte: Gazeta Esportiva