Adilson Batista diz se arrepender da contratação de zagueiro, mas nega boicote no Corinthians
28 mil visualizações 66 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Um dos treinadores com mais breve passagem pelo Corinthians nos últimos tempos, Adilson Batista guarda ao menos dois arrependimentos relacionados ao seu trabalho como técnico do Timão. E a revelação surgiu quase oito anos após sua demissão do clube.
Em entrevista concedida ao portal Globoesporte.com e publicada nesta terça-feira, o hoje treinador do América-MG falou, entre outros assuntos, sobre sua passagem pelo Corinthians. Um dos erros admitidos por Adilson diz respeito à contratação do zagueiro Thiago Heleno, com quem ele havia trabalhado no Cruzeiro e assim indicou à direção corinthiana.
"Eu perdi o Ralf em um jogo contra o Grêmio, perdi o Jorge Henrique e o Jucilei. Errei em levar o Thiago Heleno. Eu tinha Chicão, Castán, Paulo André e William (zagueiros do Corinthians à época). Queria um enfrentamento, um time mais rápido. Isso você erra", comentou, se referindo ao zagueiro que não ficou nem quatro meses no clube.
Um outro ponto abordado na entrevista foi o suposto boicote de jogadores contra Adilson que muito se falou na época. O treinador negou, fez questão de esclarecer que tinha um bom relacionamento com craques como Ronaldo e Roberto Carlos e aproveitou a oportunidade para explicar o porquê de sua passagem pelo Timão não ter rendido bons resultados.
"Não fui boicotado no Corinthians. O meu erro foi carga de trabalho. Estava há três anos trabalhando com a linha de quatro, três e mais três ou um meia, um ponta e um centroavante. Eu gosto disso e peço isso com intensidade. O time não respondeu. Nisso, eu errei. Eu poderia dar a manutenção de duas linhas de quatro, dar a bola para os outros e jogar no contra-ataque. Mas eu não gosto. Tem que entender isso. Eu erro, e o clube que me contrata erra também", comentou, se referindo ao então presidente Andrés Sanchez.
"Eu gosto de trabalhar de manhã, acordo 6h e gosto de dar treino 9h. Tem estado que gosta de trabalhar à tarde, então não vou para lá. Não foi boicote. Foi erro de carga no Corinthians. O Ronaldo me tratou bem, o Roberto Carlos tranquilo", finalizou, refutando outro boato, de que os jogadores o boicotaram pois não gostavam dos treinos matinais.
Adilson Batista comandou o Corinthians em 11 partidas entre os meses de julho e outubro de 2010, somando cinco derrotas, três empates e três vitórias.