As constantes variações nas escalações do Corinthians de Osmar Loss entraram em evidência nos últimos dias. Poucas horas após o Meu Timão noticiar uma reunião na qual o treinador foi cobrado pela diretoria, o próprio técnico explicou publicamente os motivos que o fizeram alternar as formações alvinegras nos últimos jogos.

Em participação no programa Bem, Amigos!, do SporTV, na noite dessa segunda-feira, Osmar Loss foi questionado sobre o porquê de ora escalar o Corinthians com centroavante e ora escalá-lo sem. Foi quando o treinador aproveitou para pontuar os motivos que o vêm levando a modificar jogo a jogo a equipe alvinegra.

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"A gente melhorou em relação ao que vinha apresentando antes (da parada para a Copa do Mundo). Nos últimos jogos, optamos por variação de escalação em função de ter jogos decisivos e tivemos perda de pontos que não considerávamos. A gente esperava ter feito os pontos mesmo com a variação da equipe. O jogo em Chapecó, a gente fez um primeiro tempo muito bom, fizemos 1 a 0 e poderíamos ter feito talvez 3 e garantido o resultado. Acabamos caindo no segundo tempo", declarou Loss, se referindo à derrota de uma semana e meia atrás, para a Chapecoense, pelo Campeonato Brasileiro.

A sequência de jogos decisivos citados por Loss foi a seguinte: quartas de final da Copa do Brasil contra a Chapecoense nos dias 1º e 15 deste mês de agosto e oitavas de final da Libertadores diante do Colo-Colo no último dia 8 - duelo de volta marcado para dia 29.

A tal cobrança feita pela diretoria a Loss apontou que a equipe, no atual estágio de reformulação, precisa de escalações mais simples, sem tantas variações. E foi justamente isso que defendeu o treinador em sua participação no programa de TV. Ele argumentou, no entanto, que algumas situações extracampo o impedem de repetir as formações - tal como o impedimento de escalar certos jogadores em determinados torneios (o centroavante Roger, por exemplo, está vetado da Copa do Brasil; o meio-campista Araos, da Libertadores).

"(...) Uma equipe precisa de rodagem, repetir para ganhar confiança, entrosamento, melhores opções. Até pelo processo de reformulação (...) A gente tem essa dificuldade de alguns jogadores não poderem jogar Copa do Brasil ou Libertadores. Precisamos fazer um exercício de projeção futura. Não adianta colocar a equipe que consideramos ideal se não podemos colocá-la lá na frente. Isso parte muito das nossas decisões", argumentou.

"Por mais que a gente não esteja na parte de cima do Campeonato Brasileiro, a gente vem na Copa do Brasil, vem com resultado passível de reverter na Libertadores. É muito difícil, um grupo que vem se reformulando durante o campeonato, mas temos que estar preparados para representar bem o Corinthians e alcançar algum título", acrescentou.

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