Guilherme diz ter sido vendido à força pelo Corinthians em 2014: 'Eu não queria sair'
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Por Meu Timão
Hoje em alta com a camisa do Olympiacos, da Grécia, inclusive marcando dois gols na fase preliminar da Liga dos Campões da Uefa, o volante Guilherme Torres diz não ter encerrado ainda seu legado com a camisa do Corinthians. Hoje com 28 anos, ele alega ter sido vendido à força pelo clube do Parque São Jorge lá em meados de 2014.
Em entrevista concedida ao portal Yahoo! Esportes e publicada nesta quarta-feira, Guilherme acusa a então diretoria de futebol corinthiana de ter forçado sua venda à Udinese. Na época o departamento era comandado pelo presidente Mário Gobbi Filho, pelo diretor Ronaldo Ximenes e pelo gerente Edu Gaspar. Os dois primeiros estão afastados do futebol; este último, após passagem pela Seleção Brasileira, se tornou dirigente do Arsenal.
Atual mandatário, Andrés Sanchez era na época gestor da Arena Corinthians, conselheiro vitalício do Corinthians e nome influente nos bastidores do departamento de futebol do clube.
"Eu não queria sair e deixei bem claro para a diretoria, mas ela optou por me vender. A verdade é que chegou outro treinador, com novas preferências", declarou Guilherme.
O volante, então com 23 anos de idade, era pouco aproveitado por Mano Menezes daquela temporada em que o treinador reformulou o elenco corinthiano. Assim foi vendido à Udinese por 4 milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões na época), dos quais o Timão ficou com 30%; empresários dividiram os outros 70% do montante resultante da transação.
"Ele (Mano Menezes) deixou claro que me deixaria no banco e foi quando surgiu a proposta da Udinese. Como eu tinha passaporte italiano, acabou facilitando a negociação", disse Guilherme, contratado pelo Corinthians em 2013 após se destacar na Portuguesa.
"Um dia, penso sim (em voltar ao Corinthians). Quero terminar uma coisa que comecei com o Corinthians. Sinto que não terminei meu legado aí. Não era para ter saído", acrescentou.
Desde que rumou ao futebol europeu, Guilherme mantém nas redes sociais lanços de carinho com o Corinthians. Profissionalmente, passou pela própria Udinese antes de defender La Coruña e agora Olympiacos. Ao longo desses cinco anos, diz ter sido procurado por clubes brasileiros como São Paulo, Grêmio e Internacional. E evitou falar em prioridade para o Timão no momento em que decidir voltar ao futebol de seu país-natal.
"Não sei se dá para dizer isso (de prioridade), embora eu tenha amigos e muita gente corinthiana na família. Não penso em voltar com foco exclusivo no Corinthians (...) Tiveram sondagens, perguntas. Do tipo: como faz para o Guilherme sair? Com o São Paulo, até avançou um pouco mais do que o normal, mas não fechou. Já Grêmio e Inter sondaram, mas falando por terceiros", comentou Guilherme, que deixou o Timão com 76 jogos e nove gols.