Cássio escolhe defesa mais marcante no Timão, projeta recorde e cogita novo livro após aposentadoria
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Por Andrew Sousa e Rodrigo Vessoni, de Museu do Futebol, no Pacaembu
Em 2020, Cássio faz sua nona temporada com a camisa do Corinthians. Durante esse longo período, o arqueiro teve grandes momentos, empilhou taças e também precisou se recuperar de um ano ruim. Por tudo isso, o camisa 12 ganhou uma biografia, lançada nessa segunda-feira, no Museu do Futebol.
Mesmo com tanta coisa vivida com o manto alvinegro, há uma lembrança maior quando a Fiel pensa em Cássio. E ele sabe disso, escolhendo com facilidade sua defesa mais marcante.
"Importante tem outras defesas, mas acho que quando me aposentar e falarem de Cássio, vai ser essa defesa que vai vir na cabeça (contra o Vasco). Espero ainda poder fazer muitas outras defesas importantes para seguir ajudando o Corinthians, mas acho que essa defesa, sem sobra de dúvidas, quando se falar de Cássio vai ser lembrada", pontuou o arqueiro, recordando a intervenção milagrosa cara a cara com Diego Souza, em 2012.
"Naquele momento não deu tempo nem de passar nada na cabeça. Demorou mais quando eu fui ver o replay normal, pela atmosfera, pela torcida, o silêncio no Pacaembu, do que no momento. Porque na hora você está concentrado, focado e não tem noção do grau da dificuldade. Naquele momento eu estava assim e confesso que depois, vendo o lance, deu uma tensão. Mas que bom que deu tudo certo, consegui defender aquela bola e depois conseguimos o título", completou.
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A defesa marcante foi um dos fatores decisivos para Cássio se firmar como titular do Corinthians. O lugar no 11 inicial de Tite, porém, não foi surpresa para o jogador, que estava pronto para assumir tal posto naquele momento.
"Sempre deixei claro que quando eu tivesse a oportunidade, eu ai assumir o gol do Corinthians e não ia mais sair. E não é por soberba nem nada, é por confiança. Todos os treinos sempre foram jogos, e eu tinha essa convicção de estar preparado, e eu disse que ia agarrar a oportunidade e foi o que aconteceu, graças a Deus. Desde que assumi o gol, tudo foi muito rápido, em menos de um ano ganhei quatro títulos com o clube, fico muito feliz, tudo muito rápido. Um título inédito, que foi a Libertadores, tão desejado pelo corinthiano, então fico feliz. Olhar tudo desde o começo passa um filme na cabeça, um filme muito legal", destacou.
De olho no recorde
Na história do clube por tudo que já fez, Cássio quer deixar seu nome ainda mais marcado. Titular absoluto da equipe alvinegra, ele planeja ultrapassar Ronaldo Giovanelli como goleiro que mais atuou pelo clube - tem 454 jogos contra 602 do ex-jogador.
"Acho que o Ronaldo é um grande goleiro da história do Corinthians, ele veio da base e a gente sabe o quanto é difícil um goleiro vir da base e fazer o que ele fez. Ele é referência, considero ele, mas não por isso não vou querer bater o recorde de partidas dele. Quando eu bater, eu espero bater o recorde, meu respeito vai ser sempre o mesmo por ele", afirmou.
Segundo capítulo
Como ainda quer conquistar mais títulos e grandes marcas, Cássio não descarta uma nova versão de sua biografia quando pendurar as luvas.
"A gente conversou um pouco sobre uma segunda edição, acho que quando eu encerrar a carreira, a gente deixou em aberto essa possibilidade, de um próximo livro, mas isso é mais pra frente. Me sinto lisonjeado, contente, de fazer parte desse livro, agradeço o Celso, a Márcia, o pessoal da livraria, por ter apostado nessa ideia. Não caiu a ficha ainda, vai cair, como falei, quando eu encerrar a carreira, porque é uma situação que são poucas pessoas que têm esse privilégio", concluiu.