A paralisação do calendário causada pelo novo coronavírus já afeta diretamente a parte financeira do Corinthians. Conforme noticiado pelo Meu Timão, quatro patrocinadores suspenderam os pagamentos durante o período sem jogos. Para superar o momento, o marketing alvinegro tenta contornar os problemas no diálogo.

"Vamos ter que se adaptar, pensar fora da caixa, entender o que os parceiros estão fazendo, o que precisam e o que o clube precisa nesse momento. O primeiro passo é se reorganizar, depois sentar com os parceiros e conversar com cada um, caso a caso", pontuou o gerente de marketing Caio Campos, em seminário na plataforma TV NSports.

"O Corinthians hoje tem 11 empresas parceiras e estamos falando individualmente com todo mundo. Para alguns patrocinadores a gente prorrogou contrato, dando mais tempo para não prejudicar os negócios deles. É um momento de todo mundo se ajudar. Momento de muita conversa e parceria", completou.

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Há cerca de um mês, vale lembrar, o Meu Timão antecipou a movimentação do marketing alvinegro para compensar os patrocinadores pela falta de exposição durante a pausa. Além da prorrogação dos vínculos, também estão previstas medidas como ativações no CT, nas redes sociais e até mesmo com jogadores.

Os acordos entre clube e parceiros, porém, não deve ser suficiente para suportar os impactos da paralisação. Para o profissional, será necessário repensar muita coisa do futebol atual para prosseguir após a volta das competições.

"Vai ter que reestruturar como uma empresa mesmo, questão de pessoal, sobre o que estamos fazendo hoje. A área digital hoje voa, mas não consegue suprir nem um terço do que o Corinthians necessita. Por mais criativo que nós formos, por mais ideias brilhantes que o mercado tiver, vai ser insuficiente. Será necessário repensar o negócio como um todo. De ponta a ponta. Desde o campo, os atletas, salário e a estrutura do clube. Isso vai ser fundamental para saber qual clube vai conseguir sair desse momento complexo", opinou.

Por fim, o responsável pelo marketing alvinegro também se mostrou favorável a volta dos jogos, mesmo que sem a presença da torcida nas arquibancadas, como já aconteceu na última partida do Timão antes da suspensão do Campeonato Paulista.

"Hoje temos dois grandes dinheiros na mesa. Que é o da televisão e o dos patrocinadores. A volta (do futebol), em qualquer das circunstâncias, é uma boa volta. Para poder voltar a respirar, começar a entender como vai readequar o nosso negócio. Nesse ponto de vista, o que a gente quer é que volte. Quando retornar, tem que sentar e entender se todos as entregas e acordos combinados anteriormente ainda fazem sentido, seja qual for o patrocinador ou parceiro do clube", concluiu.

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