Definições de cargos na base esquentam clima no Corinthians; favorito não deve mais assumir
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Por Rodrigo Vessoni
Duilio Monteiro Alves vem tendo que administrar enormes pressões nas alamedas do Parque São Jorge. Tudo porque ainda não há definição sobre quem serão os responsáveis pelas categorias de base e sub-23 do Corinthians - ideia é ter um diretor e um diretor-adjunto para comandar todas essas categorias.
A pressão é tão grande em cima do novo presidente que nem mesmo o favorito ao cargo deve ter a chance de assumir. A reportagem do Meu Timão apurou que, apesar do convite confirmado por ele mesmo, Nadir de Campos Júnior não deve mais ser o diretor da base.
Após a divulgação do nome de Nadir como possível escolhido, conselheiros dos grupos que ajudaram a eleger Duilio iniciaram uma enorme cobrança, pedindo que o Promotor de Justiça não fosse o responsável pelo departamento.
Nadir de Campos Júnior foi uma indicação de Jacinto Antônio Ribeiro, o Jaça, que foi o diretor do sub-23 nos últimos dois anos, apesar dos péssimos resultados e de todo desgaste que o departamento trouxe a Andrés Sanchez. A chapa de Jaça foi uma das oito eleitas para o novo Conselho Deliberativo.
Além da necessidade de colocar pessoas capacitadas na base e no sub-23, com indicações mais técnicas do que políticas, a pressão em cima de Duilio também está no sucesso dos rivais.
Palmeiras, São Paulo e Santos, neste momento, estão com inúmeros titulares em seus equipes principais oriundos da base, com atletas jovens que devem render milhões de euros a esses clubes num futuro próximo.
O novo presidente sabe que não poderá errar no Departamento de Formação, já que a saída para a grave crise financeira do clube passará diretamente pela base. Pedrinho, oriundo do Terrão, foi a maior venda da história do Corinthians (€ 18 milhões, cerca de R$ 120 milhões).
Em entrevista coletiva, Duilio foi questionado pela reportagem do Meu Timão sobre a definição de algumas diretorias que seguem abertas, negando que precise administrar a cobrança de conselheiros e associados.
"Não existe pressão... temos pessoas que querem ajudar, mas isso não significa que precisa de cargo. As portas estão abertas a todos, independente de conselheiro, sócios, vamos sempre ter portas abertas a novos rumos. Sobre as outras diretorias, estão sendo conversadas, quero uma gestão participativa, transparente, por isso a demora. Estamos estudando os cargo, vendo perfil, oq eu precisa mudar em cada área, pensando no Corinthians como um todo, transformar as gestões... por isso antes de anunciar vamos conversando, parra fazer o perfil certo e ter um Corinthians cada vez maior", afirmou.