Jogadores de futebol se unem para pedir proteção de direitos ao presidente
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Por Meu Timão
Hoje no Cuiabá, goleiro Walter (à direita) é uma das lideranças que pedem proteção de direitos dos atletas
Rodrigo Coca / Agência Corinthians
Alguns jogadores de futebol se movimentam para ter uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a possibilidade do Governo Federal criar uma Medida Provisória para retirar direitos dos atletas. Um deles pertence ao Corinthians.
Segundo o UOL Esporte, o goleiro Walter, emprestado ao Cuiabá até o fim do ano, quando termina seu contrato com o Timão, é uma das lideranças cotadas para estar nessa reunião em Brasília. Além dele, segundo a reportagem, jogadores como Hudson, do Fluminense; Felipe Melo, do Palmeiras e Diego, do Flamengo, também devem fazer parte da conversa.
A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) pediu, na semana passada, uma reunião com o presidente para expor a insatisfação dos atletas com a tentativa de mudança na porcentagem em que os jogadores têm direito a receber quando o clube opta por rescindir o contrato unilateralmente - a chamada "Cláusula Compensatória Desportiva".
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De acordo com a Lei Pelé, de 1998, quando o clube deseja romper o contrato com o jogador, deve-se pagar 100% do valor de salários mensais que o atleta tem direito até o fim do contrato. Esse valor é de, no máximo, 400 vezes o salário registrado. Já os jogadores, se quiserem romper o contrato, podem pagar até 2000 vezes o salário que recebem.
O Governo Federal afirma que o tema ainda está em discussão. Já o presidente da Associação Brasileira de Clubes de Futebol, que defende a redução da Cláusula Compensatória Desportiva, Francisco José Battistotti, afirma que "é injusto pagar para um atleta que não está produzindo".
Vale lembrar que, no ano passado, um projeto do deputado federal Arthur Maia tentou alterar a legislação atual ao determinar que, em caso de rescisão contratual, os clubes poderiam ressarcir o jogador com 50% do valor dos salários restantes e divididos em parcelas. A medida foi rechaçada após os atletas assinarem um abaixo-assinado criticando a proposta.
