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Ao Meu Timão, Fagner fala dos 400 jogos e exalta identidade: 'Sempre entendi o que é o Corinthians'

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Por Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli

Fagner completará 400 jogos pelo Corinthians nesta terça-feira, contra a Inter de Limeira, na Neo Química Arena

Fagner completará 400 jogos pelo Corinthians nesta terça-feira, contra a Inter de Limeira, na Neo Química Arena

Rodrigo Coca/Agência Corinthians

A tarde desta terça-feira será especial para Fagner. O lateral-direito, revelado nas categorias de base do Corinthians, completará seu 400º jogo pelo clube no confronto com a Inter de Limeira, pelas quartas de final do Paulistão, na Neo Química Arena.

Se já não bastasse as oito temporadas seguidas e os cinco títulos conquistados no período - dois Brasileiros e três Paulistas -, Fagner já é o 19º jogador que mais vestiu a camisa do Timão em 110 anos de história - veja a lista abaixo.

Uma identificação com a instituição e seus milhões de torcedores que aumenta a cada jogo. E é motivo de orgulho. É isso que Fagner deixou claro durante entrevista exclusiva ao Meu Timão, concedida remotamente do CT. A conversa, que durou cerca de 30 minutos, está disponível no canal do portal no Youtube - veja vídeo abaixo.

"É uma marca muito expressiva para um jogador de linha. A gente sabe o quanto é difícil a gente ter um jogador por tanto tempo num clube, não sonhava, não imaginava que poderia chegar tão longe. Sempre quis deixar meu nome na história do clube por um agradecimento por tudo aquilo que me proporcionou. E hoje poder chegar numa marca como essa tão expressiva me deixa muito feliz, espero prolongar esses 400 jogos", afirmou o camisa 23.

Depois de uma experiência no futebol europeu e uma passagem pelo Vasco da Gama, Fagner retornou ao Timão em 2014. Em oito temporadas, a lateral direita foi um território dominado. Cinco jogadores da posição sentaram no banco de reservas no período: Diego Macedo, Ferrugem, Edilson, Léo Príncipe e Michel Macedo.

Veja a entrevista exclusiva de Fagner ao Meu Timão

Fagner completou nada menos do que 23 jogos seguidos com a camisa do Corinthians

Fagner já é o 19º jogador que mais vestiu a camisa do Corinthians em 110 anos de história

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Meu Timão: É praticamente impossível não associar seu nome ao Corinthians. Não é mais apenas o lateral Fagner, fala-se sempre Fagner do Corinthians. Você tem noção disso?

"Foi criada uma identidade entre Fagner e Corinthians. Eu sempre entendi o que era jogar no Corinthians por ser criado aqui dentro, sempre procurei dar o meu melhor dentro dos jogos, entregar aquela raça que a torcida gosta. Esse vínculo que está se criando é legal, quando as pessoas se lembrarem do Fagner vão lembrar das coisas boas que fiz com a camisa do Corinthians. Meu filhos já estão entendendo as coisas, mas eu acho que fica um legado legal, construir essa história num clube tão grande. Isso me deixa cada vez mais feliz e satisfeito. Quero sempre mais".

Meu Timão: Já são cinco laterais-direitos que chegaram ao Corinthians e viraram reserva. Como recebe essa lista de cinco da posição que você deixou no banco?

"Sou um cara que me cobro muito, sempre tento dar o meu máximo para ajudar o Corinthians. Seja um jogo que esteja valendo título ou não, é meu nome que está ali dentro, é o nome do clube que estou defendendo. Tento melhorar a cada jogo e a cada treino, sei que a disputa é muito grande. Muitos queriam estar no meu lugar hoje. Sei que a minha família precisa de mim. A cada disputa de bola está meu prato de comida, o prato de comida para minha família. Tem pessoas que dependendo de mim. Procuro fazer meu trabalho bem feito, me dedicar o máximo. O mais importante nessa trajetória toda é tentar manter uma regularidade, que a gente sabe o quanto é difícil. Procuro sempre estar no meu equilíbrio".

Meu Timão: No meio dessas oito temporadas e 400 jogos pelo Corinthians, uma disputa de Copa do Mundo (em 2018, na Rússia). Apenas 25 jogadores do clube (brasileiros e estrangeiros) ao longo da história estiveram num Mundial (três deles fora em duas). Como é fazer parte desse seleto grupo?

"Eu só tenho a agradecer, se o Corinthians não tivesse dado a oportunidade lá atrás e eu tivesse me esforçado até chegar ao profissional... Fazer história com a camisa do clube me proporcionou estar numa Copa do Mundo, isso é uma coisa que não tem tamanho. Eu só vou ter o real parâmetro mesmo o dia que eu sentar depois de aposentado e eu falar que consegui estar entre os melhores e defender o meu país, entrar nesse grupo seleto de jogadores que atuaram numa Copa do Mundo. Ainda não tive essa noção".

Apenas 25 jogadores disputaram uma Copa do Mundo enquanto pertenciam ao Corinthians

Apenas 25 jogadores disputaram uma Copa do Mundo enquanto pertenciam ao Corinthians

Lucas Figueiredo/CBF

Meu Timão: Desses 400 jogos, quase 200 foram na Neo Química Arena. O que significa para você jogar em Itaquera?

"Você se sente em casa, eu falo pra todo mundo. Da América do Sul hoje, é o melhor estádio, disparado. Você tem gramado de qualidade e toda uma estrutura nível Copa do Mundo. E a sensação é a melhor possível, estar habituado dentro de campo como nós estamos, o quanto a arquibancada faz a diferença. Essa sensação de estar em casa te deixa mais solto, mais aliviado para você poder fazer um grande trabalho para trazer vitórias".

Meu Timão: Você já se acostumou a jogar sem público?

"Não se acostuma. Se você for perguntar hoje pro meu filho que está iniciando ou qualquer outro jogador, o sonho é jogar na Neo Química Arena com 45 mil pessoas. Mas a gente espera que tudo se normalize o quanto antes, todo mundo sempre ficava contando os dias pra ir aos jogos. Era uma rotina para acompanhar os jogos. A gente espera que volte o quanto antes".

Meu Timão: Além da idolatria do torcedor do Corinthians, tanta identificação com o clube desperta a bronca dos rivais. Como é isso para você?

"Por defender a camisa de um clube hoje, que tem muita tradição, muito peso e muitos não gostam... Quem é corinthiano ama, quem não é odeia. Então a gente sabe que quando se cria essa identidade, é óbvio que os outros torcedores, por mais que gostem do seu estilo de jogar, por jogar no rival vão ficar bravos. Mas eu procuro levar na esportiva, eu sei que faz parte do futebol, a gente não vai agradar todo mundo. O mais importante é agradar a instituição que eu defendo. Enquanto os torcedores do Corinthians e o Corinthians estiverem satisfeitos, eu continuo".

Já são cinco laterais-direitos que chegaram ao Corinthians e viraram reserva de Fagner

Já são cinco laterais-direitos que chegaram ao Corinthians e viraram reserva de Fagner

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Meu Timão: O que o torcedor do Corinthians pode esperar da temporada 2021?

"A gente sabe que é um ano difícil. O Duilio (Monteiro Alves, presidente) assumiu o clube e está tentando reestruturar, a torcida pediu bastante oportunidades para os meninos. A gente sabe que isso tudo leva tempo, por serem garotos ainda existe uma oscilação, vão ter bons e maus momentos. Nós mais velhos estamos ali para dar suporte à eles. O quando antes puder acelerar esse processo de maturidade para eles, vai ser melhor para todo mundo. É buscar jogo a jogo. Não é falar que pode ser um ano ruim, que pode ser maravilhoso. Temos que ter os pés no chão, equilíbrio, estamos em evolução numa reta importante do Campeonato Paulista. É tentar devagarzinho, na nossa humildade, com os pés no chão, buscar já na terça-feira uma vitória importante. Quinta-feira é um jogo que pode nos recolocar na competição e a partir dai, se tudo der certo, pensar na semifinal do Paulista. Tem que ter um pouco de paciência, no Brasil a gente é muito imediato, mas que a gente tenha essa paciência e se juntar. Em vez de apontar o dedo para alguém numa forma mais dura de crítica, a gente poder se juntar mais, se abraçar de verdade, para que a gente possa estar brigando com coisas grandes".

Meu Timão: Por fim, se você pudesse usar todas as plataformas do Meu Timão, qual recado você daria ao torcedor corinthiano?

"Agradecer cada torcedor que me acompanha desde a base, desde o meu retorno, que sempre me apoiou. Até mesmo nos momentos ruins, que recebi críticas, acredito que foi para que eu pudesse desempenhar melhor meu futebol. É só agradecer. Enquanto eu vestir essa camisa vou buscar dar o meu melhor, para dar alegria à eles e também para a instituição. Que a gente seja muito feliz".

Top 20 dos jogadores que mais atuaram pelo Corinthians

  1. Wladimir - 806 jogos
  2. Luizinho - 606 jogos
  3. Ronaldo Giovanelli - 602 jogos
  4. Zé Maria - 598 jogos
  5. Biro-Biro - 590 jogos
  6. Vaguinho - 551 jogos
  7. Cláudio - 550 jogos
  8. Cássio - 520 jogos
  9. Olavo - 506 jogos
  10. Rivellino - 474 jogos
  11. Idário - 469 jogos
  12. Rafael - 451 jogos
  13. Roberto - 451 jogos
  14. Ralf - 437 jogos
  15. Marcelinho - 433 jogos
  16. Oreco - 409 jogos
  17. Wilson Mano - 405 jogos
  18. Baltazar - 404 jogos
  19. Fagner - 399 jogos (até o momento)
  20. Gilmar - 395 jogos

Confira a entrevista com Fagner em vídeo

Veja mais em: Fagner.

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