Corinthians pede desbloqueio de ônibus após pagar valor milionário a Adilson Batista na Justiça
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Por Rodrigo Vessoni
Ação do ex-zagueiro Adilson Batista foi iniciada em abril de 2001, pouco depois de deixar o clube; Adilson voltou ao clube em 2010, como treinador
Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians
Vinte anos e um valor de indenização multiplicado por dez vezes no período. Esse é o resumo da ação do ex-zagueiro Adilson Batista contra o Corinthians na Justiça do Trabalho, iniciada em abril de 2001 (primeiro ano do novo século) e que, esta semana, teve sua última movimentação.
A reportagem do portal Meu Timão teve acesso ao processo de mais de mil páginas, iniciado quando o Corinthians ainda tinha Alberto Dualib como presidente e que não foi paralisado nem mesmo quando Adilson Batista assumiu como treinador do Timão, na temporada 2010.
Durante esse longo período, por meio de alguns bloqueios judiciais (penhoras online na conta corrente), o Corinthians indenizou o ex-zagueiro em cerca de R$ 5 milhões. O processo estava encerrado e arquivado, porém, nos últimos dias, o clube pediu o desarquivamento do mesmo.
E pediu com o objetivo de retirar penhoras ainda existentes sobre um ônibus de propriedade do clube (Mercedes Benz, ano 1978, placa BNC 1910). A Justiça já acatou o pedido corinthiano e emitiu um ofício ao Detran-SP para a retirada do bloqueio.
Ônibus, fabricado em 1978, faz parte da história do Corinthians
Entenda o processo
A ação de Adilson Batista foi iniciada em abril de 2001. O ex-zagueiro pedia um saldo remanescente em direitos trabalhistas (R$ 238.130,84) e direitos de arena pela participação em seis campeonatos: Mundial, Rio-São Paulo, Paulista, Libertadores, Mercosul e Copa João Havelange, no valor RS 225.570,90.
O valor total da indenização pedida pelo ex-zagueiro era de R$ 464 mil. Vinte anos depois, após inúmeros recursos em todas as instâncias possíveis na Justiça, o Corinthians teve de indenizar Adilson e seus advogados com um valor dez vezes maior. Ou seja, cerca de R$ 5 milhões. Os últimos bloqueios foram há cerca de dois anos.
Adilson Batista assinou contrato em dezembro de 1999 para ficar no Parque São Jorge até dezembro de 2001, porém, o contrato foi rompido em novembro de 2000 de forma unilateral, ou seja, por decisão do clube. Cinco meses depois, a ação foi iniciada na Justiça do Trabalho e durou duas décadas.
Como jogador e treinador
Em campo, o defensor Adilson Batista disputou 33 jogos e conquistou um título (Mundial de Clubes). Ainda foi treinador do Corinthians por 75 dias (27/7/10 a 10/10/10), comandando a equipe por 17 jogos (sete vitórias, quatro empates, seis derrotas e 49,01% de aproveitamento).
