Justiça bloqueia valor da dívida do Corinthians com empresário de Jadson; veja os detalhes
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Por Rodrigo Vessoni
O Corinthians teve retirado de suas contas correntes a importância de R$ 770.921,13. O valor bloqueado, com autorização da Justiça, corresponde à dívida do clube com o empresário e advogado Marcelo Robalinho, responsável pela carreira de Jadson.
Por meio do sistema que interliga a Justiça ao Banco Central e às instituições financeiras (SISBAJUD), o Corinthians sofreu bloqueios em quatro contas correntes no último dia 2 - R$ 196.690,93 (Santander), R$ 365.719,66 (Caixa), R$ 40.764,41 (PagSeguro) e R$ 11.848,76 (Itaú) -, além de um bloqueio no último dia 6 no valor de R$ 155.897,370 (Santander).
"A referida importância (R$ 770.921,13) fica penhorada, intimando-se o executado, por intermédio de seus advogados, da constrição para que apresente defesa no prazo legal", escreveu o juiz Cláudio Pereira França, da 2ª Vara Cível de São Paulo.
A diretoria e os advogados do Corinthians, agora, poderão entrar com recurso para tentar reaver o valor bloqueado e seguir a briga judicial. Ou mesmo informar à Justiça do desejo de encerrar o caso com o valor que já foi retirado de suas contas.
Entenda a dívida
Como revelado pelo Meu Timão no ínicio de agosto, a ação foi ajuizada pela Robalinho Alves Advogados, escritório que pertence a Marcelo Robalinho. O agente de Jadson entrou com um pedido de quitação de R$ 666.218,21.
O valor correspondia, segundo Robalinho, aos R$ 500 mil acordados no momento da rescisão somados a juros, correções e multas. O valor maior descrito acima (R$ 770.921,13) já tem a incidência de novos juros.
Pelo acordo firmado em fevereiro de 2020, o Corinthians se comprometeu a pagar os R$ 500 mil ao empresário/advogado da seguinte maneira: uma parcela de R$ 20.841,00 e outras 23 parcelas mensais, iguais, e sucessivas de R$ 20.833,00 (março de 2020 a fevereiro de 2022). Os pagamentos acordados não foram feitos.
O Corinthians, posteriormente, alegou em recurso que a pandemia causou enormes prejuízos ao clube, devido à queda de receitas. O clube pediu que o valor da dívida não tivesse juros, correções multas, permanecendo em R$ 500 mil.
O Corinthians alegou ainda que houve uma cobrança extra excessiva, na qual o valor real da dívida, mesmo com as punições mencionadas acima, era de R$ 542.886,89. O Timão ainda pediu uma audiência para tentativa de conciliação e/ou mediação entre as partes.
O pedido de efeito suspensivo da ação, por parte do Corinthians, não foi acatado pelo juiz Cláudio Pereira França. A ação seguiu seu rito na Justiça... até o bloqueio das contas.
Com Jadson, outros R$ 840 mil
Além de Marcelo Robalinho, o Corinthians também tem dívida com o próprio Jadson. A rescisão antecipada, motivada por uma decisão em conjunto entre o ex-técnico Tiago Nunes e o presidente Andrés Sanchez, ocorreu em fevereiro de 2020.
Pelo acordo firmado, o clube se comprometeu a pagar R$ 840 mil ao jogador (uma parcela de R$ 30.841,00 e outras 23 parcelas de R$ 30.833,00).
O parágrafo quinto do documento, que está anexado à ação na Justiça, diz que haverá juros de 5% sobre a parcela em caso de inadimplência de dez dias, além de vencimento antecipado de todo o valor em caso de cinco parcelas atrasadas de forma consecutiva, com juros de 1% ao mês e correção monetária.
Assim como seu empresário, Jadson também acionou à Justiça por não ter recebido o valor acordado. A ação de Jadson segue com seu rito na Justiça.