Retorno ao Corinthians, condição física e contato com a Fiel: Renato Augusto resume seu ano de 2021
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Por Meu Timão
Uma das grandes surpresas da Fiel nesta última temporada foi a contratação de Renato Augusto. O meia retornou ao Corinthians em julho, cinco anos e meio depois de sua saída para o futebol chinês. Decisivo na reta final do Brasileirão, o jogador falou, recentemente, sobre sua volta ao clube, as críticas direcionadas ao técnico Sylvinho e as projeções para 2022.
"Foi muito melhor do que eu imaginava, por ter ficado muito tempo sem jogar. Eu tinha medo de voltar para o Corinthians numa situação como essa, você fica com medo de apagar o que já viveu. Eu estava há muito tempo sem jogar, sem treinar com a equipe, não sabia se conseguiria entregar o que o clube estava precisando", disse o camisa 8 sobre seu retorno ao clube do Parque São Jorge em entrevista ao GE.
"Sou muito grato à comissão, a todos os preparadores físicos e fisioterapeutas, ao meu fisioterapeuta pessoal. Eles me deram um suporte para que eu pudesse subir e atingir o nível em que estou hoje. É óbvio que sei que não estou no maior nível que eu posso chegar, isso é óbvio, mas eu consegui chegar num nível em que pude ajudar, crescer e conquistar os objetivos que a gente queria", completou.
Condição física
Logo após a contratação, a condição física de Renato foi uma preocupação para a torcida, pois o atleta estava há oito meses sem entrar em campo. No entanto, o jogador de 33 anos superou as expectativas iniciais e teve ótimas atuações. Como resultado, foi eleito no quadro Notas da Torcida, do Meu Timão, como uma das três principais peças do Timão na temporada.
"Fisicamente, eu não atingi meu nível máximo e eu sabia que não iria atingir. Mas eu atingi um nível que eu pudesse me sentir bem em campo e entregar aquilo que o clube precisava. Acho que só com uma pré-temporada, iniciar uma temporada e crescer jogo a jogo para atingir esse nível. Aqui a gente tinha pouco tempo. Não fiz pré-temporada, cheguei aqui e já tinha jogo. Você jogava, descansa pro outro, joga, descansa para o outro... Não tem sequência de treino, e vestindo essa camisa você sempre tem que entregar algo em nível alto", declarou Renato Augusto.
Expectativas para 2022
Durante a entrevista, o craque também projetou o ano de 2022 e falou sobre "bater de frente" com Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras, os três primeiros colocados do Brasileiro. Vale lembrar que o time da Zona Leste encerrou a competição na quinta posição, com 57 pontos conquistados e uma vaga para a fase de grupos da próxima Libertadores.
"Isso é o que a gente espera: títulos. Mesmo nível ou acima deles. Passo a passo, vamos crescendo ao longo da temporada. O Brasileiro e Libertadores acabam só no final do ano. É crescer e ver até onde é possível chegar. A ideia é fazer um ano bem melhor do que esse, que já foi interessante terminar entre os cinco primeiros. Espero que a gente possa crescer", explicou.
Retorno da Fiel ao estádio
Outro assunto debatido foi a volta da torcida à Neo Química Arena. Desde o primeiro jogo com a Fiel, o clube alvinegro teve uma crescente na competição, que resultou em um turno completo sem derrotas dentro de casa.
"Quando voltou o público na Arena, eles estavam carentes, e nós também. Foi uma química natural. Todo mundo estava com saudades do estádio cheio. O torcedor entendeu que o time precisava dele e abraçou de um jeito que, mesmo com dificuldades, fez total diferença em casa. Por já ter identificação, essa volta do público mexeu ainda mais comigo e as coisas aconteceram. Esse ano foi especial, a volta foi especial e espero levar isso para o ano que vem e ainda mais", explicou o meia.
Críticas da torcida a Sylvinho
Por fim, Renato comentou sobre a pressão dos torcedores e as críticas em cima de Sylvinho. Para ele, o treinador tem margem para crescer, visto que é um profissional estudioso, inteligente, e conta com o apoio do clube e do elenco.
"É difícil, porque quando cheguei o time estava em processo de transição, no campeonato mais difícil do mundo. Time adaptando, aí chegam jogadores, alguns já jogam, outros, não. Há dificuldade para encaixar. E torcedor quer ganhar, existe a cobrança, é o Corinthians. Existe essa pressão, mas com as coisas acontecendo, emplacando vitórias, isso traz o torcedor de volta para o apoio do Sylvinho. Já aconteceu com outros, olha o Tite, queriam o Tite fora, e hoje é um dos maiores da história do clube", ressaltou.
"Treinador tem altos e baixos, e jogador também, mas jogador vai para o banco quando está em baixa, o técnico não. O mercado está difícil para achar técnicos de alto nível. Temos um cara que vai crescer muito, é estudioso e inteligente, ainda está no começo da carreira. Tem o apoio do clube e dos jogadores e, com vitórias, terá do torcedor. Esperamos que isso aconteça logo no início da temporada", finalizou.
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