Corinthians mantém ideia estabelecida há anos por diretor ao buscar Vitor Pereira
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Por Tomás Rosolino
Barreira do idioma não existe mesmo com opção do clube por estrangeiro
STR/AFP via Getty Images
O Corinthians anunciou nesta quarta a contratação do técnico português Vítor Pereira, o primeiro estrangeiro a trabalhar no clube em 17 anos. A mudança no rumo das escolhas, no entanto, não contradiz uma norma estabelecida pelo hoje diretor de futebol do clube, Roberto de Andrade.
"Treinador que não fala português no meio da temporada é complicado. Até ele aprender a língua e se comunicar bem, você já perdeu muito tempo", disse algumas vezes em conversa com os repórteres o então presidente do clube em 2016, quando havia dúvidas sobre quem substituiria Tite no comando da equipe - questionamento que voltou meses depois com a demissão de Cristóvão Borges.
Na época, o nome mais comentado no Timão foi o do colombiano Reinaldo Rueda, que vinha de bom trabalho com o Atlético Nacional, campeão da Libertadores, e pintava como um substituto de respeito para Tite.
As conversas com ele e qualquer outro sul-americano foram suspensas até o final do ano, quando o Timão achou que poderia dar o tempo necessário para um estrangeiro se adaptar ao Brasil. O problema, ali, foi a falta de acerto financeiro com Rueda, o que abriu caminho para Fábio Carille iniciar sua trajetória no cargo.
Seguidor dessa ideia até pouco tempo atrás, o presidente Duilio Monteiro Alves se surpreendeu com o conhecimento apresentado pelos treinadores europeus com quem conversou para ocupar o cargo deixado por Sylvinho no começo do mês. A ideia do estrangeiro acabou plantada ali.
Para fazer tudo combinar, os portugueses surgiram como a rara opção que não demanda adaptação linguística, ainda que algumas frases rápidas de lado a lado necessitem de repetição para serem compreendidas. O match acabou sendo perfeito com Vítor Pereira.
