Com o fim do Campeonato Paulista, Róger Guedes tornou-se o 15º jogador do Corinthians a ser artilheiro da competição. O camisa 10 anotou oito gols em 13 partidas disputadas e entrou no "Hall da Fama" do Parque São Jorge.

Mas você sabe quais são todos os jogadores do Corinthians que já foram artilheiros do Paulistão? O Meu Timão te mostra, torcedor, quem foram esses atletas. Confira!

APEA x LPF

Vale destacar que em alguns anos do início do século passado, o Campeonato Paulista foi dividido por conta de rixas entre o Paulistano, principal time da época, e a entidade que organizava o torneio. Com isso, entre 1915 e 1916 houve dois campeonatos paralelos: a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e a Liga Paulista de Futebol (LPF) - o Corinthians disputava o segundo.

Mais tarde, em 1925, o Paulistano voltou a se separar da então Liga e mais uma vez o Estadual foi dividido entre Apea e a Liga de Amadores de Foot-ball (LAF), nos anos de 1926 a 1929. No entanto, em 1933, as ligas voltaram a se fundir.

Posteriormente, o futebol paulista foi unificado com a criação da Federação Paulista de Futebol (FPF), em 1941, e assim segue desde então.

Neco (1914 e 1920)

Manoel Nunes, mais conhecido como Neco, foi o primeiro ídolo da história do Corinthians. O meia atuou no clube entre 1913 e 1930, atuando em 295 jogos e marcando 242 gols. É, portanto, o jogador da posição com mais gols vestindo o manto alvinegro. Morreu em 1977.

Neco foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1914, empatado com Friedenreich, do Ypiranga, com 12 gols marcados em 10 jogos disputados. Depois, foi artilheiro na edição de 1920, com 26 gols em 17 partidas.

Apparício (1916)

O meia José Apparício Delgado nasceu em 1894, em São Paulo, e tornou-se jogador do Corinthians em 1914, permanecendo até 1918 e fazendo parte das primeiras conquistas paulistas do Timão. Faleceu em 1943.

Apparício foi artilheiro do Paulistão de 1916, com oito gols em nove jogos.

Gambarotta (1922)

Não se tem tantos dados biográficos de Carlos Alberto Gambarotta. Mas se sabe que o atacante foi um dos primeiros ídolos da história do Corinthians, tendo atuado pelo clube de 1919 a 1928. Faleceu em 1944. Não só Gambarotta, mas seu irmão mais novo, Gambinha, também vestiu o manto alvinegro.

Foi o artilheiro do Paulistão de 1922, com 17 gols somados em 18 partidas disputadas.

Teleco (1935, 1936, 1937, 1939 e 1941)

Acervo / Gazeta Press

Uriel Fernandes, mais conhecido como Teleco, é natural de Curitiba, no Paraná, mas virou ídolo em São Paulo, vestindo a camisa do Corinthians. Pelo clube, foram 250 jogos disputados, seis troféus erguidos e 257 gols marcados, sendo, portanto, o terceiro maior artilheiro da história do Timão. Faleceu em 2000.

Teleco foi artilheiro do Paulistão em cinco ocasiões, sendo duas delas pela LPF:

• Em 1935, pela LPF, quando fez nove gols em 12 jogos.
• Em 1936, pela LPF, quando fez 29 gols em 24 jogos;
• Em 1937, quando fez 15 gols em 12 jogos;
• Em 1939, quando fez 32 gols em 20 jogos;
• Em 1941, quando fez 26 gols em 19 jogos.

Milani (1942)

Mário Milani é natural de Jundiaí, interior de São Paulo, mas se destacou vestindo a camisa do Fluminense. Chegou ao Corinthians em 1942 e permaneceu até 1948. Foi considerado ídolo enquanto vestiu o manto alvinegro e conquistou o apelido de "Menino de Ouro".

Conquistou a artilharia do Paulistão de 1942 ao marcar 21 gols em 18 partidas.

Servílio (1945, 1946 e 1947)

Arquivo Corinthians

O meio-campista Servílio de Jesus chegou ao Corinthians em 1938 e permaneceu até 1949. Foi vestindo o manto alvinegro que adquiriu o apelido "Bailarino", por conta de sua classe em campo. Pelo clube, conquistou seis troféus e também se tornou o sexto maior artilheiro da história do clube e o quarto meia que mais entrou em campo pelo Timão. Faleceu em 1984.

Servílio foi artilheiro do Paulistão em três edições seguidas:

• Em 1945, empatado com Passarinho, do São Paulo Railway, quando marcou 18 gols em 19 jogos;
• Em 1946, quando marcou 19 gols em 20 jogos;
• Em 1947, quando marcou 20 gols em 19 jogos.

Carbone (1951)

Arquivo Corinthians

Após se destacar pelo Juventus, da Mooca, Carbone foi contratado pelo Corinthians, em 1951, e logo que chegou se destacou. No entanto, foi perdendo prestígio no passar do tempo e pouco depois já não era mais titular. Permaneceu no Timão até 1957, quando se transferiu para o Botafogo-SP. Faleceu em 2008.

O meia foi o artilheiro do Paulistão de 1951, com 30 gols em 24 partidas.

Baltazar (1952)

Divulgação/Corinthians

Oswaldo Silva, mais conhecido como Baltazar ou "Cabecinha de Ouro", chegou ao Corinthians em 1945 para se tornar, alguns anos depois, um dos maiores ídolos da história do clube. Tornou-se o segundo maior artilheiro da história do Timão, com 270 gols marcados, e um dos maiores campeões também, com nove títulos em sua conta. Faleceu em 1997.

Terminou o Paulistão de 1952 como artilheiro da competição, com 28 gols somados em 26 partidas em campo.

Flávio (1967)

Arquivo Corinthians

O atacante Flávio Almeida da Fonseca chegou ao Corinthians em 1964 e permaneceu até 1969. Ao longo dessa passagem, se destacou pela quantidade de gols marcados, se tornando o nono maior artilheiro da história do clube, com 170 bolas na rede.

Na disputa do Paulistão de 1967, marcou 18 gols em 18 jogos e foi o artilheiro da competição - Pelé atuou naquele torneio.

Casagrande (1982)

Reprodução

O atacante, revelado pelo Corinthians, foi artilheiro do Paulista justamente em sua primeira temporada como jogador profissional, em 1982, ao marcar 28 gols em 38 jogos. Fora de campo, se destacou por ser um dos líderes da Democracia Corinthiana. Deixou o Parque São Jorge em 1986, mas retornaria em 1994, se aposentando dois anos depois.

Edmar (1987)

Domicio Pinheiro / Estadão Conteúdo

Nascido no interior de Minas Gerais, Edmar Bernardes dos Santos chegou no Corinthians após se destacar pelo Palmeiras, em 1986. O atacante vestiu o manto alvinegro daquele ano até 1988, quando se transferiu para o Pescara, da Itália. Se aposentou em 1998.

Foi o artilheiro do Campeonato Paulista de 1987, com 19 gols em 35 partidas.

Viola (1993)

Gazeta Press

Ídolo corinthiano, Paulo Sérgio Rosa, mais conhecido como Viola, foi um atacante cria do Terrão que brilhou logo em sua primeira passagem pelo time profissional, em 1988. Chegou a ser emprestado para outros times de São Paulo e em, 1992, se firmou como uma das principais peças do ataque alvinegro. Deixou o clube em 1995 e pendurou as chuteiras em 2016.

Ao fim da edição de 1993 do Campeonato Paulista, Viola anotou 20 gols em 27 jogos. Foi nesta competição, inclusive, que o jogador imortalizou um gol sobre o Palmeiras ao comemorar imitando um porco.

Nilmar (2006)

Fernando Santos / Folhapress

Nilmar Honorato da Silva desembarcou no Parque São Jorge em 2005 para ser, ao lado de Tevez, o principal atacante do Corinthians. Conquistou o Brasileiro daquele ano vestindo o manto alvinegro, mas sofreu com lesões no joelho no decorrer de sua passagem e não conseguiu prolongá-la por tanto tempo. Anunciou sua aposentadoria em 2022.

Terminou o Paulistão 2006 como artilheiro isolado da competição, tendo marcado 18 gols em 14 jogos.

Liedson (2011)

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Liédson atuou no Corinthians em duas ocasiões: em 2003 e entre 2011 e 2012. O luso-brasileiro conquistou o status de ídolo vestindo o manto alvinegro ao integrar o time que viria a conquistar o Brasileirão de 2011 e a Libertadores de 2012. Encerrou a carreira em 2013.

O atacante foi o artilheiro do Paulistão 2011, em que o Corinthians terminou como vice-campeão, com 11 gols em 16 jogos. Elano, do Santos, também marcou 11 vezes.

Róger Guedes (2023)

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Natural de Ibirubá, no Rio Grande do Sul, Róger Guedes assinou com o Corinthians em 2021, após passagem pelo futebol chinês. Quando chegou, assumiu o número 123, depois vestiu a camisa 9 e agora é o camisa 10 do Timão.

Foi o artilheiro do Paulistão 2023, com oito gols em 13 gols. Giuliano Galoppo, do São Paulo, também foi às redes oito vezes.

Confira todos os jogadores do Corinthians que foram artilheiros do Campeonato Paulista

• Neco (1914): 12 gols;
• Aparício (1916) (LPF): 7 gols;
• Neco (1920): 24 gols;
• Gambarotta (1922): 19 gols;
• Teleco (1935) (LPF): 9 gols;
• Teleco (1936) (LPF): 28 gols;
• Teleco (1937): 15 gols;
• Teleco (1939): 32 gols;
• Teleco (1941): 26 gols;
• Milani (1942): 24 gols;
• Servílio (1945): 17 gols;
• Servílio (1946): 19 gols;
• Servílio (1947):19 gols;
• Carbone (1951): 30 gols;
• Baltazar (1952): 27 gols;
• Flávio (1967): 21 gols;
• Casagrande (1982): 28 gols;
• Edmar (1987): 19 gols;
• Viola (1993): 20 gols;
• Nilmar (2006): 18 gols;
• Liedson (2011): 11 gols;
• Róger Guedes (2023): 8 gols.

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