Giuliano admite incômodo por reserva no Corinthians e celebra gol marcado em empate com Grêmio
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Por Vitor Chicarolli, na Neo Química Arena
Autor do último gol do Corinthians no movimentado empate com o Grêmio por 4 a 4 na noite desta segunda-feira, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro, o meia Giuliano admitiu incômodo por não ter muitos minutos pela equipe alvinegra na atual temporada.
Em entrevista concedida após o apito final em Itaquera, o jogador de 33 anos comentou seu momento atual no Timão e lamentou a falta de oportunidades. Ao todo, foram quatro assistências e um único tento em 2023.
"Sem dúvidas (incomoda). É um ano atípico pra mim em termos de números. Geralmente meus números são muito melhores, então ano passado meus números foram melhores em jogos assistências e gols. Esse ano tenho jogado menos, participado menos, com menos chances de gols e assistências. Hoje foi somente o primeiro. É um número que me incomoda bastante, sou um jogador acostumado a fazer gols. Sempre tive bons números nisso. É algo que me incomoda. Eu espero que agora tenha saído esse peso e que as coisas comecem a melhorar pra mim para ajudar minha equipe", disse.
"O incômodo é por você não estar participando sempre da maneira como você gostaria, de não conseguir dar o melhor, de se dedicar e às vezes não dá certo. Essa oscilação faz parte da vida de qualquer profissional, é algo natural. Eu nunca desisti, nunca deixei de trabalhar, permaneci firme, resiliente e tentando ajudar meus companheiros da melhor maneira possível. Tentei passar um pouco da minha experiência e incentivar meus companheiros para a força do grupo prevalecer. Pude ajudar com gol e um ponto que é importante. Espero que isso dê mais confiança na sequência dos campeonatos", acrescentou.
Na sequência, Giuliano detalhou que as trocas de treinadores do Corinthians nos últimos meses também impediram sua evolução entre os titulares. É importante lembrar que ele chegou a ser peça importante do time de Fernando Lázaro durante o Campeonato Paulista, mas perdeu espaço com Vanderlei Luxemburgo.
"Claro que troca de comando sempre é difícil. Vem treinador e muda a característica, muda a preferência, a forma de jogar, a característica de jogador, o sistema tático... Então isso oscila bastante. Eu tive essa dificuldade nesse processo de adaptação por escolha do treinador, que faz parte do futebol. Eu como profissional tenho que aceitar decisão do treinador e fazer meu melhor para poder ajudar a equipe. Eu fico feliz quando consigo entrar bem, mudar a cara da equipe e mostrar meu trabalho. Essa é minha função. No contrato não está escrito que temos que ser titular, temos que nos dedicar e dar nosso melhor. As vezes nosso melhor é vindo do banco, ajudando de uma outra forma, seja emocionalmente um atleta. O importante é ser útil de alguma forma", concluiu.
O Corinthians volta a entrar em campo na noite da próxima sexta-feira, às 20h, contra o líder Botafogo, novamente na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro. Com 27 pontos, o Timão amarga a 14ª colocação da competição - são apenas três pontos acima da zona de rebaixamento.