Relembre a vez que o Corinthians representou a Seleção Brasileira contra gigante inglês
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Por Victor Godoy
Em 1965, exatos 58 anos atrás, o Corinthians entrava em campo para defender outra equipe: a Seleção Brasileira. Em um amistoso no estádio de Highbury, em Londres, na Inglaterra, o Timão vestiu a camisa verde e amarela para enfrentar o Arsenal e acabou sendo derrotado por 2 a 0.
O convite foi feito pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, a CBF da época) para ajudar o Brasil a lidar com todos os compromissos marcados - à época, a Seleção era a atual bicampeã mundial. A diretoria alvinegra topou o desafio.
Na ocasião, o Timão era comandada por Oswaldo Brandão e José Teixeira. Entrou em campo com a seguinte escalação: Marcial; Galhardo, Eduardo, Clóvis e Édson “Cegonha”; Dino Sani e Rivellino; Marcos, Flávio, Nei e Geraldo. Jair Marinho entrou no decorrer da partida. Esse acabou sendo o primeiro jogo de Rivellino pelo Brasil, aliás.
O Arsenal, por sua vez, foi escalado com: Burns; Howe, Storey, Neil; Curt, McLintock; Skirton, Sammels, Baker, Eastham e Armstrong. O técnico Billy Wright ainda colocou o goleiro Fornell no confronto. Sammels anotou os dois gols da equipe inglesa, um na primeira e outro na segunda etapa.
Talvez o principal fator pela derrota alvinegra seja o cansaço do elenco, pois dois dias antes da partida enfrentou o Santos, que tinha Pelé em campo, pelo Campeonato Paulista - e também perdeu, por 4 a 2. Logo ao apito final, os jogadores rumaram ao aeroporto para ir a Londres. Fora isso, a Terra da Rainha estava bastante fria na ocasião e os atletas tiveram essa dificuldade climática.
A partida não foi das mais visadas pelos torcedores ingleses. Ao todo, 17,789 pessoas marcaram presença e a renda foi de 11 mil libras. O estádio, casa da equipe londrina até então, tinha capacidade para mais ou menos 38 mil torcedores. Foi demolido em 2006 e virou um condomínio de luxo, com o Arsenal migrando para o Emirates Stadium.
Anos depois, em 2013, o Corinthians reviveu esse momento e lançou uma camisa comemorativa em homenagem à data histórica. O terceiro uniforme daquela temporada era azul em celebração ao feito, com a cor fazendo referência justamente ao Brasil.