Cássio se ‘desvia’ de homenagens, reflete sobre idolatria e opta por saída humilde do Corinthians
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Por Rafael Marcon, Rodrigo Vessoni, Vitor Chicarolli e Gustavo Lima
O corinthiano viveu uma tarde atípica neste sábado. Cássio concedeu uma entrevista coletiva de despedida no CT Dr. Joaquim Grava e falou sobre as homenagens que a cúpula alvinegra preparou para o encerramento deste ciclo. De acordo com o goleiro, a ideia de Augusto Melo, presidente do Timão, era que mais honrarias fossem feitas para o fatídico dia, porém, ele mesmo pediu para sair de forma moderada, com uma coletiva em frente à imprensa.
“Muitas pessoas até falam, ‘de repente poderia sair no final do ano’, ‘poderia encerrar seu ciclo, fazer um grande jogo’... Pra mim tá ótimo isso. Até o presidente queria fazer mais coisas de homenagem, mas pra mim tá ótimo, o respeito… Pô, tirei uma foto muito bacana com todos os funcionários do clube, os filhos deles vieram aqui no CT. Pra mim isso é gratificante, é legal”, afirmou Cássio.
“Claro que o último jogo lá, a torcida gritando meu nome, foi maravilhoso. Acho também que, pelo destino, parou o Campeonato Brasileiro. Poderia ter uma coisa no domingo lá e não aconteceu. Até peço desculpas pro torcedor que poderia querer ter um contato comigo no final, mas foi o que aconteceu e eu pedi pro presidente que fosse assim mesmo, uma coletiva. Tô super feliz por tudo que vivi aqui e tá tranquilo. Pra mim tá bom, né? Não sou um cara vaidoso, não sou um cara que precisa de grandes coisas, pra mim já é grandioso tudo que o Corinthians fez por mim”, disse o ídolo do Timão.
O goleiro ainda foi questionado sobre a enormidade de seu nome no clube do Parque São Jorge. Numa reflexão rápida, Cássio pediu mais tempo para avaliar o peso de sua idolatria. Segundo ele, o carinho da torcida é notável, mas ainda não há como perceber o tamanho de sua trajetória no clube, já que viveu ano a ano no clube.
“Eu tenho sentido um carinho muito grande do torcedor corinthiano, por tudo que eu conquistei aqui, nos jogos também e aonde a gente vai, sabe? Nos últimos jogos a gente foi em alguns lugares que o Corinthians não ia com tanta frequência e a gente vê o carinho que o torcedor tem. Nós jogadores também temos que ter o respeito e carinho com o torcedor e com todo mundo”, refletiu Cássio.
“Então, acho que é legal. Eu nunca parei assim, honestamente, pra ter uma ideia (sobre o tamanho da idolatria). Eu creio que, quando eu parar de jogar futebol, eu vou ter uma noção de tudo que eu construí na minha carreira. Não sou um cara vaidoso de ficar vendo isso, mas sim tentar fazer o melhor no presente. Acho que, automaticamente, são 12 anos que eu fiquei aqui pensando no presente, no presente, no presente… Quando eu vi já tava mais de 12 anos e construí uma história bem bonita”, encerrou o goleiro.
O "Gigante" fez seu último jogo de no Corinthians na derrota para o Argentinos Juniors, em Buenos Aires, pela fase de grupos da Sul-Americana. Ele encerrou sua passagem no clube com 712 jogos e nove títulos conquistados.