Depoimento de ex-diretor do Corinthians tem divergências; advogado fala em 'absoluta inocência'
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Por Maria Beatriz de Teves e Matheus Quintino
Nesta segunda-feira, Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do Corinthians — mas que ainda atua no dia a dia do clube —, prestou depoimento na delegacia sobre o chamado caso VaideBet.
A reportagem do Meu Timão, que acompanhou de perto a movimentação na delegacia, apurou que o depoimento de Marcelo Mariano apresentou divergências em relação ao que foi dito anteriormente por Alex Cassundé, sócio da empresa Rede Social Midia Design LTDA, que aparece como intermediária no acordo firmado entre Corinthians e VaideBet.
Ao fim da oitiva, o advogado Dr. Átila Machado conversou com a imprensa e comentou sobre os esclarecimentos prestados por seu cliente.
"Nós ficamos por três horas aqui no depoimento do Sr. Marcelo Mariano, que é sócio e conselheiro — inclusive foi diretor administrativo do clube. Ele teve a oportunidade de responder a todas as perguntas feitas, tanto pelo promotor de Justiça, Dr. Juliano, quanto pelo Dr. Tiago, delegado do caso", relatou o advogado de Marcelo Mariano.
"Ficou esclarecida e comprovada a absoluta inocência do Sr. Marcelo Mariano em relação a todos os fatos que estão sendo apurados. No mais, sobre o inquérito em si e o que foi, de fato, apurado e trazido ao processo — que também corre sob sigilo —, não podemos declinar esses fatos específicos. Mas podemos afirmar, com tranquilidade e responsabilidade, que tudo foi respondido e esclarecido, confirmando a inocência do Sr. Marcelo", complementou.
Além dos nomes já ouvidos, a Polícia Civil aguarda mais dois depoimentos nesta semana. Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing do Corinthians, é esperado na delegacia às 14h desta terça-feira. Já o presidente do clube, Augusto Melo, deve comparecer na quarta-feira.
O Meu Timão também apurou que a defesa do mandatário chegou a solicitar o adiamento do depoimento, mas o pedido não foi aceito pelo delegado responsável. Assim, a expectativa segue pela presença de Augusto Melo na data marcada.
Pela intitulação, é possível afirmar que o caso VaideBet caminha para a reta final da investigação. O inquérito já está em andamento há 11 meses, e a expectativa é que, entre o fim de abril e o início de maio, a polícia conclua se há indícios de crime. Caso positivo, os envolvidos serão indiciados e o caso será encaminhado ao Ministério Público, que analisará as provas colhidas. A partir disso, um promotor poderá apresentar denúncia formal ou optar pelo arquivamento do inquérito.
O delegado responsável pelo caso é Tiago Fernando Correia, do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) e titular da 3ª Delegacia, especializada em casos de lavagem de dinheiro. As investigações também contam com a participação de Juliano Carvalho Atoji, promotor de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).