Raphael Kormoczi
Todos sabem que um trabalho no Brasil precisa de continuidade para dar certo. Os times que hoje estão em destaque possuem o mesmo elenco (ou ao menos a base) a 3 anos, no mínimo.
Esse período ajudou a fortalecer a ideia de jogo, entrosamento e, principalmente, identificação.
Vejam o Cruzeiro dos últimos 5 anos (ignorem a atual crise política) e pensem se seria tão vitorioso se houvesse desmanche de elenco igual nosso time passou para poder fechar as contas.
Hoje, nosso time não é de todo o ruim, mas querer cobrar algo além do paulista (e talvez a Sul-americana) é criar em si mesmo falsas esperanças.
Do time campeão de 2017 temos apenas: Cássio, Fagner, Gabriel (que é banco), Jadson (que nunca atinge seu ideal físico) e Pedrinho (que jogava apenas algumas partidas).
Assim, nós temos que ter paciência, pois esse ano será dessa forma que iremos levar e, acreditem, existem equipes piores. Olhe o Fluminense tão idolatrado por alguns, permanece na zona do rebaixamento.
Esse ano a nossa “sorte” é que as outras equipes que disputam com a gente estão com seus calendários apertados, o que nos dá uma certa vantagem.
Agora, em 2020 pensem no tanto de peças que irão sair, quanto de economia isso dará ao clube e o quanto isso pode refletir em contratações pontuais para o próximo ano.
O time de 2020 terá a nossa cara e a cara do Carille, esse de 2019 teve que ser montado às pressas para que possamos ao menos terminar o ano com dignidade.
Quando Carille saiu, saíram inúmeros jogadores e a comissão técnica, apesar de criticarmos e cornetarmos, temos que ter paciência.
Esse ano apenas pensem na classificação para a Libertadores, não se decepcionem com falsas expectativas.