Pedro Mairton Apoiador
Isso mesmo, Gabriel Girotto.
O volante foi um dos mais criticados em 2020 na era pré-Mancini. Com muitos desarmes fora do timing, ele cometia muitas faltas que impossibilitava a chance da equipe de realizar um contra-ataque e ainda permitia ao adversário ter uma boa chance de bola parada; sem falar dos cartões, que era a principal característica de Gabriel na equipe até então.
Para tomarmos ciência, antes da chegada de Mancini, Gabriel disputou 10 jogos no Brasileirão e havia tomado 4 cartões amarelos. Hoje se passaram mais 10 jogos no mesmo campeonato e o Gabriel tomou apenas um cartão!
Hoje, Gabriel não é mais aquele cão de guarda que o caracterizava, mas sim o pilar do meio campo de Vagner Mancini. Ao ser o responsável pela transição defesa e ataque da equipe, ele consegue abrir espaços e enxergar novas opções de passe para seus companheiros conduzirem a bola até chegar no momento da finalização.
Eu até arrisco dizer que o Gabriel está desempenhando seu melhor rendimento, melhor mesmo até que em 2017. Naquele ano, o motor do nosso meio campo era o Maycon, seu companheiro e joia da nossa base, pois o time dependia de suas infiltrações e movimentações constantes entre defesa e ataque para haver equilíbrio. A diferença entre a importância de Gabriel e Maycon estão nas suas funções e também nas funções de seus companheiros, pois no time de Mancini há uma movimentação constante e uma troca de passes envolvente que dificulta a marcação adversária, não foi a toa que ontem terminamos o jogo com 57% da posse de bola. Isso fica explícito no gol de Mateus Vital (link para quem quiser ver o gol desde a origem):
Sabemos que, de fato, o técnico é responsável por potencializar o desempenho dos atletas em prol do time, e com certeza o Gabriel foi um dos jogadores que melhor passou por essa reciclagem. No entanto, o jogador só vai potencializar seu desempenho se ele estiver convencido que pode para tal, e não é a toa que o volante também é responsável por essa sua boa fase.
Portanto, o equilíbrio que tanto faltou na equipe de Tiago Nunes, Mancini encontrou em Gabriel.
Se desconsiderarmos o jogo contra o Flamengo, o Corinthians de Mancini, com Gabriel na equipe, marcou 14 e sofreu apenas 4 gols em 10 jogos, sendo apenas UM gol sofrido nos últimos 7 jogos!
Nunca critiquei.