Anisio Molim
Eu divido em 4 comentários a minha visão sobre o que você está dizendo.
Em 1º lugar, é muito engraçado você dizer sobre os reacionários cuja a esquerda tão bem, se apoderou. Na minha época de atuante de esquerda, nós eramos os Libertadores, os progressistas, e hoje a esquerda está mais próxima do caudilhismo do que da libertação. É muito engraçado, mas horrivelmente constrangedor.
Em 2º lugar, quando eu digo que a gaviões poderia ser um passo, talvez nunca um vetor, porque certamente não existem lideranças inteligente por lá, e que seria de fácil manipulação por outros mais espertos. Todavia, poderia ser uma boa fumaça, e um início de argumento, ou de posição, do tipo pra que lado queremos que essa condução se dirija.
Em 3º lugar, é aquilo que já comentei sobre o Status Quo, que ninguém lá de dentro quer modificar, seria mesmo por forças de pressões vindo de fora, pensando somente no benefício ao clube e não de interesses políticos de um ou de outro. Isso tornaria a continuidade. E o que precisa é ter uma ruptura desse modelo.
Em 4º lugar e por último, quanto essas coisas do voto, certamente sou da mesma opinião que deveria ser facultativo. Me lembro muito bem quando se discutia sobre o voto em plena ditadura, e que na época se identificou que o voto teria de ser obrigatório (pensava-se como arma do povo) até mesmo por uma visão (hoje muito míope) de que faltava ao povo, o direito de se manifestar nas urnas, e isso era como se fosse retornar ao povo a prática de exercer seus direitos cívicos e socias. Anos depois, estamos provando que foi um grande erro. Portanto, reforma política já.
Mas, hoje isso soa como uma imposição ditatorial. Talvez o facultativo poderia ser o caminho de resolvermos de uma vez por toda, a distorção em que se tranformou o poder do voto obrigatório, que nos fez aparecer nesse cenário, a figura do menos ruim, do messiânico salvador da pátria. Lula figura exemplar, até mesmo nesses momentos de 24º força tarefa, se nota a presença fundamentalista dos seus correligionários, em confronto com aqueles que o querem em cana. E isso monopolizou o mundo. Os noticiários de fora, são marcantes pelo evento de ontem. Parece até que a guerras pelo planeta foram interrompidas, para se ter a atenção total no desfecho. É incrível isso, como um homem desse pode provocar até mesmo comoção pelo mundo afora.
Voltando... A falta de candidatos que de fato fale a nossa língua e que tenha propostas concretas e verdadeiras em proveito ao povo, como choque de Educação e Cultura em primeiro plano, depois as outras coisas, nos faz pensar que seria uma solução.
Entretanto, como nunca tivemos essa experiência, fica somente no plano da hipótese, do desejo de alguns, do imaginário popular que esse é o país do futuro.
Sou um pouco mais prático na visão dessas coisas. Gostaria que houvesse no nosso país organizações como o ETA ou IRA, que ajustariam as contas do povo, com todos os algozes inimigos da nação. Seria muito mais prático, menos pirotécnico, e muito mais eficiente. E economicamente mais viável.
Nós temos organizações também poderosas, mas, que estão em outra ponta do Iceberg, que são os PCCs da vida, que tem suas regras, suas políticas, suas justiças, assim como qualquer estado de direito.
Essas, eu estou fora.
em Notícias > Jogo do Corinthians chega a 40 pontos e faz futebol na Globo bater o...
Em citação ao post:
Você se refere à uma possível tomada de consciência das Organizadas, seguida de protestos contra os dirigentes do futebol? É um princípio, mas as forças reacionárias (não gosto muito deste termo porque a esquerda se apropriou dele, mas vá lá!) serão duras de vencer. Será uma longa batalha, que exigirá união, determinação e fôlego dos torcedores - embora confesse que ainda não está claro para mim o objetivo real por trás dessas manifestações recentes da Gaviões. No caso da política, temos o voto (que eles nos impõem, quando eu entendo que deveria ser facultativo, um direito, e não um dever, como ocorre hoje). Mas é um instrumento poderoso de mudança, se bem utilizado. No caso do Corinthians não temos nada. Dependemos da tomada de consciência dos conselheiros do Clube, e, aí, você sabe, será dificílimo contornar os interesses pessoais e até personalísticos de alguns caciques, dentro do PSJ.