Gabriel Salvati
Quando optou por voltar ao Corinthians, ainda em 2016, João Alves de Assis Silva, o Jô, foi “apedrejado” por todos os lados, principalmente pela imprensa, onde “especialistas” do meio julgavam o atacante por seu passado e seus antigos hábitos noturnos. Alguns torcedores também desconfiavam do futebol do artilheiro, que tornou-se o jogador mais jovem à entrar em campo pelo Corinthians, em sua primeira passagem.
Sob clima de desconfiança, 2017 começou e Jô revezava com o inglês naturalizado turco Kazim na equipe titular do Corinthians, até que, no maior “divisor de águas” do ano, em seu primeiro toque na bola, Jô tocou a bola entre as pernas de Fernando Prass e deu a vitória ao Timão sobre o Palmeiras, para delírio da Fiel em Itaquera. Consolidado como titular e cada vez mais letal nos clássicos disputados, anotando gol em todos os disputados durante o Paulista, Jô espantou as críticas com o bom futebol apresentado no início da carreira e com gols decisivos, que ajudaram o Time do Povo à erguer seu 28º título do Campeonato Paulista.
Com um desafio ainda maior por vir, o “Rei dos Clássicos” foi um dos comandantes da surpreendente campanha alvinegra no primeiro turno do Brasileirão, marcando gols decisivos, dentre eles contra Chapecoense e Vitória, nas duas primeiras rodadas, e sendo fundamental como pivô e taticamente. No segundo turno, apesar da pequena oscilação do Timão no torneio, Jô continuou sendo decisivo marcando em momentos cruciais da campanha alvinegra, como contra a Chapecoense novamente, Vasco, Palmeiras e Fluminense, onde o camisa 7 corinthiano fez dois dos três gols na vitória que garantiu o heptacampeonato brasileiro ao clube do Parque São Jorge.
Regenerado, pai de família, religioso, focado e dedicado, Jô provou à todos seu poder de decisão nos momentos mais importantes da temporada. O jogador, comprometido como nunca, foi um dos maiores líderes dentro e fora de campo na conquista do sétimo título brasileiro do Corinthians. Jô representou a garra corinthiana e tornou-se ainda mais “louco” ao mostrar seu poder de superação.
Se em 1990 tivemos em Neto o grande destaque, se em 1998, Marcelinho se credenciou como ídolo, em 1999 uma constelação nos levou ao topo, em 2005 Tevez fez o país curvar-se perante um argentino, 2011 e 2015 Tite regeu uma orquestra, em 2017, Jô teve seu ano de redenção e colocou, de vez, seu nome na história do maior clube do país e jamais será esquecido.
Em 2018, estaremos juntos novamente e você, João, tem o apoio de mais de 30 milhões de loucos desse bando, como você.
Parabéns, artilheiro! Tu és um dos mais loucos desse bando! Obrigado!
Gabriel Salvati