Luizinho 903 posts
@pequeno.polegar
em
16/02/2018 às 10:22
Eu realmente acho bonito uma torcida que cresce com esse sofrimento todo, e até nisso somos diferentes. Não precisamos de Era Pelé, Era Telê ou Era Parmalat pra ter aumento no número de torcedores.
Quanto a não vencer um mísero Paulista entre 1955 e 1976, também não consigo conceber um absurdo desses, mas creio que sejam diversos fatores juntos. Sem contar a eterna incompetência da diretoria, que achava que viveríamos unicamente do peso da nossa camisa, a gente nunca pode esquecer que boa parte dos Paulistas do período foram disputados em pontos corridos. Não dava pra ser campeão em turno e returno com os times médios que o Corinthians montava.
Éramos a quinta força: existia nessa época uma equipe sobrenatural do Santos que contava com o maior jogador de todos os tempos (levaram 12 dos 21 títulos do período), um Palmeiras que era uma verdadeira academia (era o único que fazia frente ao Santos, ainda que raramente), mesmo o São Paulo levantou 4 Paulistas dentro do nosso jejum e o próprio Rivellino fala que na época dele até a Portuguesa era mais time.
E ainda teve zica mais de uma vez: em 1957, quando era líder invicto até a penúltima rodada, mas perdeu as duas últimas partidas e acabou em terceiro; em 1969, quando vinha com chances mas chegou a perder dois jogadores (Lidu e Eduardo) em um acidente de carro; e em 1974, quando perdeu a final para o Palmeiras.