Nesta terça-feira completa um mês da confusão generalizada nas arquibancadas do Maracanã , antes do jogo entre Corinthians e Flamengo. Desde então, 30 torcedores do Timão estão presos no Rio de Janeiro. De acordo com o portal Globoesporte.com, ao menos 26 podem estar encarcerados injustamente.
A reportagem teve acesso ao inquérito policial da Central de Garantias da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em tal documento, que conta com imagens de TV e das câmeras do estádio, apenas quatro dos 30 presos são identificados nas fotografias.
Os nomes dos corinthianos identificados são: Kauan Gentil, Rogério Aparecido dos Santos, Anderson Zanqueta da Silva e Tiago de Lima. Nas últimas semanas, o Meu Timão já contou as histórias de André Tavares e Gustavo Inocêncio , que estão presos injustamente e não conseguem liberdade mesmo apresentando provas de que não se envolveram na briga.
Chama atenção que, mesmo diante da falta de provas contra a maioria dos presos, os argumentos dos responsáveis pelo encarceramento foram, ao menos aparentemente, contundes - nenhum dos pedidos de habeas corpus dos advogados de defesa, afinal, foi aceito pela Justiça.
O delegado Felipe Santoro da Silva, que determinou a prisão em flagrante, escreveu que .foram acostadas ao procedimento diversas fotos, onde se observam as agressões e os danos cometidos pelos indiciados, sendo possível identificar, inclusive, alguns dos indiciados".
Já a juíza Marcela Caram, que inclusive foi pivô da prisão de outro dez corinthianos por conta de ameaças pela internet, justificou a prisão preventiva escrevendo que um dos policiais presentes na confusão "teria narrado com precisão os fatos, apontando de forma incontroversa para cada um dos acusados, atribuindo-lhes condutas graves".
A briga
Torcedores do Flamengo iniciaram tumulto provando os corinthianos no setor de visitantes do Maracanã cerca de uma hora antes do início do jogo. A torcida do Corinthians revidou. Então, policiais agiram contra os alvinegros. A briga entre corinthianos e policiais resultou na agressão de alguns homens do Gepe - Grupo Especial de Policiamento de Estádios.