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Nem Danilo, nem Ralf: questionar a titularidade de um ídolo não é ingratidão
Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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Nem Danilo, nem Ralf: questionar a titularidade de um ídolo não é ingratidão

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Nem Danilo, nem Ralf: questionar a titularidade de um ídolo não é ingratidão

A gratidão não garantiu vaga para Danilo e também não pode garantir para Ralf

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

A história de Danilo no Corinthians é incontestável. Multicampeão e sério durante toda sua passagem, o camisa 20 tem seu nome marcado entre os grandes ídolos do clube. Depois de temporadas em alto nível e como peça fundamental da equipe, no entanto, foi apenas uma opção no banco em sua última temporada.

Voltando de lesão e já com idade avançada, o meia já não conseguia colaborar como antes. Mesmo sendo escalado como centroavante, Danilo passou a participar pouco do jogo. Por isso, mesmo com toda gratidão e peso de seu nome, não merecia a titularidade em um time extremamente fragilizado.

A mensagem natural de tudo isso é que a idade chega para todos. E mais do que isso: quando a característica do atleta não agrega o necessário para a equipe, mantê-lo passa a ser um erro.

Deixando 2018 para trás, foquemos no presente. Com trajetória tão marcante quanto a de Danilo no Corinthians, Ralf já não faz por merecer a titularidade. Não a toa, perdeu lugar no time para Gabriel. O ponto, no entanto, é outro.

Como faz parte do elenco e ainda tem colaboração interessante na parte defensiva, Ralf é uma opção plausível para determinadas partidas - sobretudo as que o Timão tende a jogar mais atrás, tomando mais cuidados.

Agora, quando a equipe tem que propor jogo, como contra o Avaí, no último domingo, é extremamente prejudicial escalar o ídolo da Fiel.

Com essa frase, vários torcedores já devem estar me criticando nos comentários, mas é exatamente sobre isso que quero falar. Analisar o jogo e criticar a pouca participação de Ralf não é, nem nunca será, ingratidão. Muito menos desrespeito.

Talvez seja ainda pior cobrar dele algo que ele não pode dar. Em Santa Catarina, o time precisava ir para cima e ele deu apenas 13 passes. Gabriel, pouco tempo antes, deu 70. Em vídeo, torcedores mostraram o tamanho do problema que a omissão do jogador na saída de bola causa.

É difícil saber se a tão falada ideia de Ralf na zaga é a solução, mas já é bem claro que ele não é a melhor opção para nosso time titular. Ninguém tem vaga cativa ou é inquestionável. Gratidão não ganha jogo e nem se define por esse apoio incondicional.

Nenhum alvinegro deixou de idolatrar Ralf, mas o time já não precisa dele. Como foi com Danilo e tantos outros. O tempo passa. Fica a história e a gratidão. Temos uma boa peça para o elenco e para situações específicas de jogo, nada mais do que isso.

Veja mais em: Ralf, Danilo e Ídolos do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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