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Ao Pacaembu, oito anos depois, a esperança. Novamente.
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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Ao Pacaembu, oito anos depois, a esperança. Novamente.

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Opinião de Jorge Freitas

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Ao Pacaembu, oito anos depois, a esperança. Novamente.

Pacaembu foi modificado para uma grande batalha

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Existe o ditado de que a vida imita a arte.

Não entendo muito bem de todas as oito (ou seriam mais?) artes que existem na Terra, mas sei que o futebol certamente é a maior de todas.

Você seria capaz de se impressionar mais com um drible ou com uma tela exposta em um museu? Perderia o sono por um gol perdido ou por um mocinho que morreu no final do filme? O futebol está no topo e, inevitavelmente, por ser arte, imita a vida.

Foi no dia 04 de julho de 2012 que esse esporte trouxe aos corintianos uma das maiores alegrias de nossa história. Depois de mais de 30 anos da primeira participação, o Timão enfim conquistou a sonhada Taça Libertadores da América.

O local? O estádio mais charmoso de São Paulo, de tantas e tantas histórias, músicas, homenagens, gols e espetáculos: o Pacaembu!

Residente a pelo menos 500 km da capital, foi em novembro do ano passado que pude conhecer o local que me trouxe tanta alegria e alívio naquele dia.

Estava eu, ali, em frente ao estádio Paulo Machado de Carvalho, para um debate no Museu do Futebol com os caríssimos companheiros do No Ângulo, além do jornalista Rodrigo Capelo, do GloboEsporte.com.

Impossível negar que todo o filme daquele 04/07/12 passou pela minha cabeça e, naturalmente, agradeci a Deus por estar ali.

Pois, chegamos neste momento a uma importante imitação entre vida e arte, ou melhor, entre vida e futebol.

Não, não estou comparando a gravidade das situações, afinal, não há título qualquer que valha uma vida, mas é necessário ter esperança de voltar a sorrir.

Ficou pronto nesta quarta, o hospital de campanha do Pacaembu, que começará a receber pacientes com Covid-19 a partir da próxima segunda-feira, dia 06.

Com capacidade de 200 leitos e mais de 500 funcionários, o Pacaembu é o retrato de como o futebol existe para ajudar a nossa gente a ser feliz.

Charmoso, o estádio será, no país do futebol, um centro de acolhimento às vítimas do coronavírus.

Se naquele dia saímos felizes com os gols de Emerson Sheik, lutaremos por uma felicidade mais valiosa, pois confiamos que ali centenas de vidas serão recuperadas.

De quase 40 mil corinthianos, que representaram in loco os milhões de torcedores espalhados pelo mundo, a partir de agora, seus profissionais serão a luta de uma sociedade inteira contra uma doença que tem paralisado o mundo.

E à Fiel, como naquele dia, cabe apoiar e acreditar, cada um a seu modo, como fazemos durante os 90 minutos de partida, pois há uma nova batalha por começar.

Afinal, o futebol é a forma mais genuína de expressar a realidade do povo num país que tanto o marginaliza.

Chegamos nervosos, saímos felizes. E se vencemos naquele dia, podemos vencer agora novamente.

Que a vida possa, dessa vez, imitar o futebol e que Saudosa Maloca seja novamente um local de alívio e alegria, como foi há quase oito anos.

E que tudo volte logo ao normal.

Veja mais em: História do Corinthians e Pandemia do coronavírus.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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