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A triste derradeira função de um dos treinadores mais vitoriosos do Brasil
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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A triste derradeira função de um dos treinadores mais vitoriosos do futebol brasileiro

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Opinião de Jorge Freitas

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A triste derradeira função de um dos treinadores mais vitoriosos do futebol brasileiro

Luxemburgo no banco de reservas da Neo Química Arena

Foto: Danilo Fernandes/Meu Timão

Vanderlei Luxemburgo é, sem dúvidas, um dos treinadores mais vitoriosos da história do futebol brasileiro. Os números comprovam isso, mas ratificam também o futebol bem jogado, que fez o treinador montar equipes como o Corinthians do final do século passado, o Cruzeiro de 2003, o Santos de 2004 e tirar nosso maior rival da fila de títulos, no biênio de 1993 e 1994.

O treinador tem uma cartela cheia de títulos e poderia estar em casa descansando, tendo seu nome ovacionando por vários torcedores e longe das críticas da imprensa, especialmente daqueles que amam resgatar o passado para enaltecer o futebol nacional contra os avanços do esporte praticado atualmente na Europa.

Com tudo isso em sua história, é triste ver Luxemburgo no comando desse atual Corinthians tentando inventar histórias para justificar sua incapacidade no comando técnico do clube. No entanto, mais triste ainda é vê-lo como possivelmente não enxerga o real motivo de se manter no cargo mesmo diante de tantos fracassos.

O histórico treinador multicampeão se tornou, hoje, o escudo mais forte da fraquíssima gestão de Duílio Monteiro. A cada vez que o Corinthians entra em campo, especialmente fora de casa, boa parte da torcida "esquece" os inúmeros fiascos que o presidente mais fraco da história do clube fez em seus três anos de mandato e direciona suas críticas a Luxemburgo.

Mas estes vexames estão aí eternizados. Duílio ficará para sempre marcado como o presidente que levou calote de patrocinadora de índole duvidosa, foi eliminado (e duas vezes) pela primeira vez no século para o rival São Paulo em um mata-mata, tem aproveitamente patético contra o Palmeiras, com apenas uma vitória em mais de uma dezena de jogos, foi eliminado por Ituano no Paulistão e corre risco de ficar fora da Copa do Brasil do ano que vem, caiu na primeira fase da Sulamericana em outra temporada, além de se encaminhar para a primeira gestão depois de muito tempo sem sequer um troféu levantado.

E Luxemburgo tem servido como um ótimo escudo para o presidente, que se cala e deixa o atual treinador (muito maior que ele na história do futebol e por isso serve como "isca") sob a artilharia da imprensa e da torcida. Fosse Luxemburgo um treinador com menos "currículo" e incapaz de receber tanta pressão, muito provavelmente já estaria fora do clube há alguns jogos.

O fato é que Vanderlei está aí e faz esse patético trabalho por causa de Duílio (foi contratado quando qualquer pessoa minimamente sã saberia que daria errado). Nomes como Bidu, Ruan, Gil, Fábio Santos, Fagner, Romero estão no elenco até hoje por conta desta mesma pessoa.

Se o Corinthians chega à metade de setembro sem um time titular definido, a culpa não é apenas do treinador que chegou com a temporada em andamento e que já vinha de desconfiança total depois de tantos anos com trabalhos ruins por outros clubes. É muito maior da diretoria que desperdiça tempo com interinos e "reforça" o time com nomes como Bidu e Romero.

Talvez a chance de ganhar um titulo continental tenha deixado Vanderlei Luxemburgo deslubrado ou, para dizer o português claro, cego. Vai abrindo mão de sua história construída entre 1998 e 2003 no maior clube do Brasil em troca de uma posição que parece valer um título, mas serve, na realidade, como escudo para um presidente que somente a politicagem e a amizade explicam como chegou aonde está.

Definitivamente, é uma triste derradeira função para um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro.

Veja mais em: Vanderlei Luxemburgo.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

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