Bastou a demissão de Sylvinho ser anunciada por Duílio para chover ligações entre os nomes do Corinthians e de Jorge Jesus. Desempregado, mas ainda recebendo salário milionário pelo Benfica, o Mister, como ficou conhecido em sua passagem pelo Flamengo, viria para receber valores muito acima do que o Corinthians se acostumou a pagar por seus treinadores nos últimos anos.

Jorge Jesus é certamente um nome que viria com baixa rejeição entre a Fiel, mas é a escolha mais preguiçosa possível dessa diretoria, que desperdiçou tempo na procura de um nome estrangeiro bom e mais barato.

É importante destacar que urgência por um nome só se dá por conta do próprio trio formado por Duílio, Roberto de Andrade e Alessandro, que mesmo recebendo centenas de críticas sobre o trabalho de Sylvinho ao final da temporada passada, preferiu bancar o treinador e perder mais de 30 dias que poderiam ser usados para escolher com calma um novo treinador, como fez o Flamengo ao ir à Europa e voltar com Paulo Souza.

Vale lembrar que isso já foi feito na época da contratação de Sylvinho, quando se optou por manter o criticado Mancini para depois tentar nomes conhecidos como Renato Gaúcho e Diego Aguirre em vez de procurar com calma por alguém que pudesse trazer algo de diferente.

No fim, terminamos com o então estagiário com apenas 11 jogos na carreira. Barato, mas sem credenciais.

Dessa vez, ir diretamente a Jorge Jesus e seus milhões seria, portanto, optar pelo caminho mais óbvio, porém daquele que novamente não se planejou corretamente, não ouviu seu entorno e agora precisa correr contra o tempo para não ficar muito para trás de seus rivais na temporada.

Para um clube endividado, é um erro categórico, pois o correto seria pesquisar por bons treinadores estrangeiros, capazes de fazer um bom trabalho sem rejeição inicial, recebendo bem menos que JJ, como nos casos de Abel Ferreira e Vojvoda, por Palmeiras e Fortaleza, respectivamente.

Agora, o Timão tem um poder de negociação muito menor do que teria em dezembro, pois precisa de um treinador imediatamente.

Em suma, por mais que mudemos de treinador, está claro que não há planejamento ideal com essa diretoria, que acredita que pode contratar jogadores bons e técnico às pressas para fazer um time campeão.

Sobre Jorge Jesus, é inegável ser um grande nome, mas é caro e também incerto.

Foi mal no Benfica. Conseguirá fazer no Corinthians o mesmo que fez no Flamengo, sendo os elencos de características diferentes?

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