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Lucas Faraldo

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Renato Gaúcho daria certo no Corinthians? Não custa imaginar

Foto: Divulgação/Grêmio

Não é campanha pela saída de Fábio Carille nem pela contratação de Renato Gaúcho. É um exercício de imaginação para o qual convido os leitores do Meu Timão a me acompanhar.

Renato Gaúcho corre o risco (que particularmente considero irrisório) de pela primeira vez nesta passagem pelo Grêmio não classificar sua equipe para a Libertadores de 2020.

Somado a essa possibilidade, existe um natural clima de fim de ciclo no Grêmio. Mais pelo elenco talvez saturado de veteranos do que pelo próprio Renato Gaúcho. De forma geral, o desempenho nos recentes jogos decisivos contra o Flamengo deixou a desejar.

São situações que tendem a ser (mal) resolvidas num primeiro momento com a saída do treinador. E isso independe de filosofia do clube em relação a manutenção ou troca de técnicos. Foi assim com Tite no Corinthians naquele fim de 2013, por exemplo.

Diante dessa possibilidade ainda que muito especulativa, já que resta quase um terço de Brasileirão ainda, é válido pelo menos imaginarmos um cenário em que Renato Gaúcho não tenha lá muitos entraves para sair do Grêmio e tope um novo desafio na carreira.

E aí entra o Corinthians. Não só por escrever sobre o Corinthians diariamente há anos ou por estar aqui conversando com corinthianos. Mas um desafio para Renato Gaúcho no CT Joaquim Grava muito se assemelha ao que ele aceitou há três anos no Grêmio.

Pegaria um elenco com muitas opções e mescla interessante de juventude e experiência. Conseguiria aplicar por aqui seu estilo de jogo ofensivo e teria peças para trabalhar as variações táticas que entendesse viável pelas características individuais que identificasse.

Não se incomodaria com falta de dinheiro para contratações porque esse nunca foi o forte do Grêmio das últimas três temporadas. E essa será uma realidade do Corinthians por muitos e muitos anos, ao menos enquanto não quitar as contas da Arena.

E talvez o mais importante: trabalharia num clube que banca treinador. E banca até quando não tem que bancar. É o que Renato mais precisaria à frente de uma equipe na qual teria que trabalhar desde a raiz. Mas com potencial de colher em não muito tempo grandes frutos.

Sou da opinião de que até Carille poderia tentar ele mesmo implementar esse trabalho no Corinthians já a partir dessa reta final de 2019. Conhece o clube como poucos, passou os últimos dez meses se familiarizando (e criando algumas rusgas) com o elenco, tem respaldo pelo o que já conquistou no passado recente... Questões que surgem, porém:

  • ele está disposto a abrir mão daquilo que define como seu estilo de jogo?
  • a diretoria vai além do discurso e realmente banca a permanência para 2020?

Até onde sei, a resposta é não para ambas as perguntas. E aí não me parece nenhuma loucura o torcedor e a própria diretoria deixarem um pouquinho de lado a defesa cega de um "DNA defensivo" para sonhar com um projeto mais ousado. Por que não Renato Gaúcho?

Veja mais em: Fábio Carille, Mercado da bola e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Lucas Faraldo Knopf

Jornalista pela ECA-USP e ex-Esporte Interativo, Jovem Pan e Lance!. Hoje trabalha no Meu Timão. Autor do livro 'Impedimento - Machismo, racismo, homofobia e elitização como opressões no futebol'.

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