O técnico Vagner Mancini costuma ser bastante direto em suas entrevistas coletivas, tanto nos elogios quando nas cobranças aos jogadores da equipe. Inclusive, escrevi aqui uma coluna sobre isso.

Mas na última entrevista coletiva, após a vitória contra o Internacional, algo me chamou a atenção.

Na resposta sobre o atacante Luan, Vagner Mancini demorou exatos dois minutos e um segundo para falar sobre o jogador. Um ouvinte mais desatento pode ter se apegado nos elogios ao jogador, na chance de redenção, no tempo que o técnico disse que dará a ele.

Mas o final da resposta destoou totalmente do restante. E aí o Mancini foi Mancini, e colocou mais uma vez o dedo na ferida:

"Direcionando à torcida do Corinthians, eu sei o que a torcida do Corinthians espera do Luan e ele vai ter que entregar isso, porque é uma exigência minha também".

Em uma semana em que Sidcley foi afastado; Léo Natel perdeu a condição de titular para Matheus Davó; Mateus Vital virou reserva; outros jogadores podem ser afastados se não mostrarem comprometimento; este pedaço da resposta me soou como um ultimato.

Não basta técnica, que todos sabemos que ele tem. Precisa correr. Precisa se dedicar. Precisa “sentir” o Corinthians.

Luan, apesar de se declarar corinthiano de infância, parece não estar nem aí se o time perde, se o time ganha, se ele é titular, se é reserva.

É isso que o técnico quer mudar, ficou claro na coletiva.

Ou é melhor ir procurando outro canto pra se escorar.

Veja mais em: Luan e Vagner Mancini.