Naming Rights: A Fiel pode comprar a Arena
Opinião de Marco Bello
125 mil visualizações 281 comentários Comunicar erro
“O Corinthians é o time do povo, e é o povo quem vai fazer o time.”
“O Corinthians não é um time que tem uma torcida, é uma torcida que tem um time.”
Nos dois últimos jogos, estas frases estamparam a parte de trás da camisa dos jogadores do Corinthians.
Segundo o departamento de marketing do clube, uma simples homenagem aos torcedores. Será?
Na visão deste colunista, não é uma ação ao acaso. E mais, é uma ação de marketing ligada à divulgação em breve do nome do estádio do Timão.
Há duas possibilidades.
A primeira, mais simples, é que serão dadas algumas opções para a Fiel escolher o nome da Arena, nos moldes do que fez a patrocinadora do estádio do rival Palmeiras.
A segunda possibilidade é mais complexa, mas bastante possível.
A venda dos NR do estádio renderá ao clube em torno de R$ 400 milhões em 20 anos. São R$ 20 milhões por ano. Menos de R$ 1,7 milhão por mês. Praticamente o valor da renda de um jogo.
É um dinheiro importante, lógico, mas não tão difícil de se chegar com boas ações de marketing.
Já se sabe que o grupo que está negociando os Naming Rights com o Corinthians é do mercado financeiro.
Já se sabe que este grupo tem a intenção de assumir o programa de sócio torcedor do clube.
Pronto, a mágica já está feita.
Qualquer grupo financeiro que associar sua marca a um cartão de fidelização do sócio torcedor pode arrecadar muito mais que estes R$ 1,7 milhão / mês.
O cartão, que pode ser cartão de crédito, pode ser usado para compras dentro da Arena e nas lojas da Nike e Poderoso Timão.
Pode ser usado para promoções em supermercados, lanchonetes, restaurantes, etc. O limite é a imaginação.
E não seria nenhuma grande inovação.
Algo muito parecido já acontece no Atlético Paranaense. O sócio torcedor do clube do Paraná ganha um cartão que ao mesmo tempo vale como entrada no estádio e como cartão de bandeira Visa, parceira do clube.
Imagine os 100 mil (por enquanto) fiéis torcedores com um cartão de crédito ligado a esta empresa, que pode estar entrando no mercado brasileiro. Já vai entrar com uma bela carteira de clientes.
A Fiel pode, então, pagar o valor dos tais Naming Rights, em gastos com o cartão e através de parcerias.
O nome do estádio? Seria o de menos. A torcida pode até escolher.
Afinal, seria na prática ela que estaria comprando a Arena Corinthians.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Marco Bello
- Por que o Corinthians deve perder Jemerson para o Atlético Mineiro
- Jonathan Cafu: o outro lado da moeda
- Corinthians pode ter até 21 atletas da base utilizados no Campeonato Paulista; veja quais
- Corinthians destemido é melhor que time medroso
- Atacante do Athletico pode ser o primeiro reforço do Corinthians em 2021
- O Corinthians tem um campeonato à parte pela frente