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Centroavante? Sem elenco? Isso é Corinthians e nós temos o que ninguém mais tem
Mayara Munhoz

Jornalista, 33 anos, mãe do Joaquim. Faço parte do Meu Timão desde fevereiro de 2015. Hoje, sou a editora-chefe dessa loucura toda com muito prazer e amor.

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Centroavante? Sem elenco? Isso é Corinthians e nós temos o que ninguém mais tem

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Opinião de Mayara Munhoz

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Centroavante? Sem elenco? Isso é Corinthians e nós temos o que ninguém mais tem

Força, união e a Fiel: os segredos do título do Corinthians neste domingo

Foto: Rodrigo Gazzanel /Agência Corinthians

Essa é a minha quarta temporada acompanhando o Corinthians e trabalhando todos os dias aqui no Meu Timão. E se tem uma coisa que eu aprendi nesses anos é a nunca duvidar da força do Corinthians.

Assim como no ano passado, o elenco do Timão foi muito questionado no início da temporada. Perdemos o Jô, nosso maior artilheiro. Perdemos Arana. E vimos nosso principal rival se reforçar muito, inclusive com peças que também tentamos trazer para o nosso plantel.

Alguns jogos preocuparam, não vamos negar. A defesa tomou gols que não estávamos acostumados a levar. As peças para substituir Guilherme Arana não pareciam estar funcionando. E lá na frente? Ih, lá na frente a situação estava bem complicada.

Mudamos de diretoria e chegaram alguns nomes conhecidos, mas questionáveis. Não pelo talento ou pela importância, de maneira alguma. Mas, Ralf e Emerson Sheik já não são mais jovens jogadores.

O centroavante não chegou. A bola seguiu difícil de entrar no gol. As coisas complicaram três vezes seguidas - contra Bragantino, São Paulo e Palmeiras.

Mas, aqui é Corinthians!

E nós viramos as três vezes! Foi na raça, foi com o coração quase saindo pela boca, foi suado, sofrido. Foi com aquilo que todo mundo diz ser a cara do Corinthians!

Mas não foi só isso, não. Foi na união! Esse elenco do Corinthians é incrível. Aliás, acredito que essa seja a marca mais característica de Fábio Carille: a capacidade de fazer um elenco se unir de uma maneira tão foda que as falhas e as carências ficam em segundo plano.

Foi sim a experiência de Emerson Sheik e Ralf. E de Danilo também. Os três, ainda que com menos tempo em campo, foram importantes durante toda a disputa. Sheik marcou em momentos importantes. Ralf aumentou ainda mais a força da defesa e Danilo, ah, o Danilo... Como não ficar impressionado com a calma desse monstro?

Foi também o título da juventude. De cada minuto do tão pedido Pedrinho em campo, do golaço contra o Bragantino. De cada desarme de Maycon, que até improvisado jogou e jogou bem. E, claro, da chegada avassaladora de Mateus Vital, com direito a vaga na equipe titular e jogadas inspiradoras e decisivas no auge dos seus 20 anos.

Foi a conquista de quem chegou e chegou ajudando muito, como o zagueiro Henrique e o lateral Sidcley. Foi o título dos contestados. Júnior Dutra, Juninho Capixaba, Mantuan, Lucca, Kazim... Entre erros e acertos, eles ajudaram o Corinthians ponto a ponto e jogo a jogo a levantar a taça.

Cássio, Fagner, Jadson, Rodriguinho, Clayson, Romero, Balbuena, Gabriel...é, também foi o título dos mais experientes, daqueles que são considerados os mais importantes, os que resolvem. O goleiro que vira um paredão nas horas mais importantes. Os meias, que mesmo quando não estão 100% fisicamente, destoam dentro de campo. O atacante que convive com críticas, com desconfiança e, ainda assim, é artilheiro e dono de uma raça invejável. Do zagueiro que também é artilheiro e do volante que é sinônimo de amor à camisa.

Ainda é também o título de Walter, de Caíque França, de Vilson, de Matheus Matias, de Pedro Henrique, de Léo Santos, de Marllon, de Renê Júnior, e até de Camacho. De quem jogou, de quem não foi nem inscrito, de quem só fez parte do dia a dia no CT Joaquim Grava.

Você duvida? É só olhar em qualquer vídeo feito pelos próprios jogadores neste domingo após o título. Essa é uma conquista do grupo do Corinthians, dos quase 40 jogadores que fazem parte do elenco profissional. DE TODOS!

É uma conquista do Carille! Do técnico que faz milagres, que tira leite de pedra e que sabe trabalhar com o que tem. Que não reclama, que não cobra, que não perde a postura. Que merece, sim, todo o respeito e educação do mundo.

E, como se não bastasse tudo isso acima, foi mais um título da Fiel. Dos mais de 30 mil que impressionaram o mundo no treino na Arena Corinthians. Dos mais de 30 milhões que impressionam o mundo todos os dias.

É, ainda não temos o centroavante. Mas quem precisa de um centroavante quando se tem esse técnico, esse elenco e essa força imparável dentro de campo?

Isso é Corinthians! Se a lição ainda não foi aprendida, vamos seguir reforçando: não duvidem de nós! Não olhem nossa folha salarial, não avaliem nossos salários, nossas promessas.

Nós temos algo que vocês, rivais, nunca vão entender - e, claro, muito menos ter. Nós temos o Corinthians!

#NuncaFoiFácil

Veja mais em: Elenco do Corinthians, Dérbi e Campeonato Paulista.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Jornalista, 33 anos, mãe do Joaquim. Faço parte do Meu Timão desde fevereiro de 2015. Hoje, sou a editora-chefe dessa loucura toda com muito prazer e amor.

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