Tiago Nunes enrolou a corda no próprio pescoço
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Antes do tema central deste artigo, é imperdoável o que Fagner fez. Ele não é nenhum juvenil.
Agora, é o seguinte: a entrevista coletiva de Tiago Nunes depois do dérbi deixou tudo às claras. Para bom entendedor, um pingo é letra.
O treinador disse que os atacantes são neutralizados por todos os zagueiros que vêm jogar na Neo Química Arena, que precisam ter iniciativa para sair da marcação; que os jogadores devem ter o compromisso com o próprio aperfeiçoamento, que para o próximo jogo tentará com soluções caseiras fazer um time que tenha atitude, etc.
Nunes percebeu que se depender do empenho da boleirada estará morto. E resolveu cair (ou preparar a queda) atirando. Até para criar a narrativa para se recolocar no mercado, de que seu fracasso ocorreu por trairagem, não por incompetência.
O treinador mostrou desde o primeiro dia que não mede muito nem palavras, nem atitudes. A maneira como expôs Ralf e Jadson, tratados como refugos, é óbvio que deixou os jogadores cismados. Cássio, Fagner e Gil, entre outros, foram campeões ao lado dos dois, colocados na vitrine da liquidação.
A sintomática postagem de Jadson (até hoje sem clube) após o jogo, ironizando Tiago com a frase “Guardiola do Brasileirão”, faz pensar o que ele deve conversar com os ex-colegas.
Tudo isso somado às mudanças constantes no time (num jogo, o cara é titular; no outro, fica no fim da fila do banco), formam a receita perfeita para uma bela fritada.
Andres Sanchez disse que só demitiria Tiago Nunes se o treinador perdesse o vestiário. Está esperando o quê?
O pior é que as melhores opções não falam Português. E o homem não gosta de treinador estrangeiro, já que no século passado teve péssima experiência com Passarella, o amigo de Roger Chinelinho Flores.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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