Comemore muito, Fiel!
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Amigos e amigas fieis:
Comemorem muito.
Começamos o ano quase sem esperanças. Apenas a eterna chama Corinthiana fez com que vislumbrássemos algo bom.
Rivais gastando mundos e fundos. Nossa diretoria, sem dinheiro, foi obrigada a acreditar na base e em jogadores sem griffe. Para treinador, tentaram trazer Rueda. Não deu certo. Efetivaram Fábio Carille.
E veio o primeiro dérbi do ano,no Paulistão.
Aquela vitória, com um jogador a menos após expulsão injusta, foi o primeiro divisor de águas do ano.
E veio o segundo dérbi, na casa do rival, no primeiro turno do Brasileiro.
A vitória deu a certeza de que a sequência de vitórias não aconteceu por acaso.
Mas após aquele primeiro turno histórico, vacilamos no segundo.
Muitos torcedores, mal acostumados com tantos títulos recentes, criticaram o time como se estivéssemos na zona do rebaixamento.
Fui dos que criticaram essa postura. Afinal, desde o início do ano, aquele time nunca havia me decepcionado.
Mas depois da derrota contra a Ponte, eu também perdi a paciência. Muitos outros perderam a calma.
O ídolo Neto acabou sendo porta-voz desse sentimento. E o desabafo dele (eu sei) caiu como uma bomba no elenco.
O que poderia ser apenas cornetagem, foi o gás que faltava para o elenco voltar a ser Corinthians. A acomodação acompanha todo o ser humano e havia atingido esse valoroso grupo. Sim. Valoroso!.
Entregaram muito mais do que se esperava deles. Honraram o manto alvinegro.
Representaram!
E veio o terceiro dérbi. A multidão de fieis no treino de sábado e a união das torcidas no domingo resultou na avalanche vista sobre o adversário.
Foi a senha de que não perderíamos o Brasileiro.
Comemorem muito.
Comemoremos muito.
O primeiro, em 90, foi demais.Senti o Morumbi tremer no gol do Tupãzinho.
Em 98 e 99 tínhamos dois timaços.
2005 foi o campeonato mais justo da história. A única vez que jogos manipulados foram anulados.
2011 foi emocionante. A antessala da Libertadores e do Mundial 2012.
Em 2015, vimos uma equipe que mesclou raça e técnica, mais uma vez sob a batuta de Tite.
Mas esse, de 2017, foi especial, cara.
Ganhamos um campeonato de pontos corridos, com 38 rodadas, sem ter o melhor elenco.
Sabe por quê?
Por que você, por que nós, somos diferentes.
Nós somos, sim, o décimo segundo jogador que decide títulos quando os outros onze suam a nossa camisa.
Comemorem muito.
Comemoremos muito.
Em 2017 foi tudo nosso!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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