BNDES ainda não recebeu pedido por novo prazo em prestações da Arena; Caixa deve ser 'garantia'
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Por Meu Timão
As contas da Arena Corinthians seguem em pauta após dois anos da inauguração do estádio. Em reportagem publicada nesta terça-feira pelo portal da Espn, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "respondeu" à questão levantada por Andrés Sanchez no último domingo. De acordo com o órgão, o Corinthians não solicitou aumento da carência, ou seja, do prazo para pagamento das prestações do empréstimo que possibilitou a construção do estádio.
"Um eventual aumento de carência tem de ser negociado entre o cliente final [Corinthians] e o agente financeiro repassador dos recursos [Caixa]. Caso o agente aceite por tal extensão, deve submetê-la à anuência do BNDES. Até o momento, não houve nenhum pleito ao BNDES nesse sentido", afirmou o BNDES.
Em entrevista concedida na Arena no último domingo, Andrés Sanchez, homem-forte por trás da construção da Arena, afirmou que a última parcela do empréstimo de R$ 400 milhões feito pelo BNDES foi paga em março. O "atraso" na parcela de abril está ligado à estratégia do clube de prorrogar o prazo para pagamento do empréstimo, sob justificativa de que demais estádios da Copa do Mundo de 2014 tiveram maior carência.
"Pagamos até março. Em março fizemos o pleito na Caixa. A Caixa bloqueou os pagamentos a partir de abril e, assim que assinar a prorrogação, desde abril estará prorrogado. Então não está em débito", declarou o ex-presidente do clube.
Vale destacar que o BNDES não ficará no prejuízo, independente de atrasos ou não no pagamento por parte do Corinthians. Isso porque o contrato prevê que a Caixa, banco estatal intermediário na negociação e patrocinadora do clube, cubra eventuais "calotes" da agremiação.
Em tempo: de acordo com matéria publicada nesta terça-feira, Andrés Sanchez sinalizou que os CIDs relacionados à Arena valorizaram, o que ajudaria o clube a pagar ainda mais rápido os empréstimos. A situação econômica do país, no entanto, segundo o ex-mandatário, estaria dificultando a venda dos papéis de inventivo fiscal.