Diretor do Corinthians fala em 'ganância' de empresário de Pablo
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Por Meu Timão
A permanência do zagueiro Pablo no Corinthians após o fim do Campeonato Brasileiro não é mais dada como certa. Depois da vitória alvinegra por 2 a 0 sobre o Atlético-MG, da noite desta quarta-feira, no Mineirão, o diretor de futebol do clube paulista, Flávio Adauto, lamentou a decisão do empresário do jogador, Fernando César, de “suspender” as tratativas pela compra em definitivo do atleta por parte do Timão.
Adauto falou em “ganância” do agente, que, como antecipou o colunista do Meu Timão Marco Bello, rejeitou a proposta oferecida pela diretoria do Corinthians nesta semana por conta da forma de pagamento: as luvas (bônus pelo novo contrato) de Pablo seriam diluídas em 54 meses, enquanto a comissão do empresário, parcelada em R$ 500 mil por temporada.
“Acho que o empresário pensou nele e esqueceu que tinha trazido um jogador de caráter, um grande profissional, um camarada que tem no Corinthians a maior vitrine da sua vida, que chegou desacreditado, mas soube aproveitar por sua competência. Acho que ganância do dirigente faz algumas coisas não serem concluídas”, disparou Flávio Adauto, em declaração ao portal Globoesporte.com.
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Questionado se há possibilidade de o negócio não ser retomado, Flávio foi direto: “Se é irreversível? Digo que não, é só a pessoa na hora de botar a cabeça no travesseiro e fazer o que é usual no futebol. Se não confia no clube, temos o direito de também não confiar nele”, completou.
Pablo está emprestado ao Corinthians pelo Bordeaux, da França. Em relação às tratativas com a equipe francesa, já há definição: o Timão pagará 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 4,4 milhões) e cederá os 15% de direitos econômicos que detinha pelo atacante Malcom, ex-joia alvinegra.
“O Corinthians fez tudo correto, tudo nas normas que os contratos são feitos. Cumprimos nossa palavra o Bordeaux, os contratos foram assinados, os valores acertados, envolvemos os direitos do Malcom, fizemos os planos de pagamento. Os valores de salários, luvas e imagem estavam acertados e faltava o contrato ser concluído. Na segunda, nos reunimos com o empresário, mas não concordamos com uma coisa lógica. Em um contrato de 54 meses, não somos obrigados a pagar luvas e imagem tudo à vista. Ele deixou claro que quer receber assim”, explicou Adauto.
“Você não pode assumir o risco de pagar à vista um contrato de 54 meses. É um excelente jogador, pode ter propostas no fim do ano que o Corinthians possa aceitar e o que vamos fazer com o que já pagamos? Não é assim. Se ele achava que o Corinthians tem essa condição, não temos. Não é lógico. Pablo é fantástico, vai continuar jogando no Corinthians no mínimo até o fim do ano”, concluiu.