Conmebol não considerou atitude de uruguaio racista
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Por Meu Timão
A vitória do Corinthians sobre o Danubio, infelizmente, foi marcada pelo racismo. Alvo de atitude preconceituosa em campo na partida da noite desta quarta-feira, o meio-campista Elias se envolveu em uma confusão com o uruguaio Gonzáles. Ao final da discussão, o jogador comunicou as ofensas ao árbitro.
Após o jogo, Elias e o Corinthians se posicionaram oficialmente sobre o caso. O atleta preferiu não fazer um boletim de ocorrência contra o zagueiro adversário. Esperando que providências fossem tomadas, optou por apenas relatar o lance na súmula da partida.
Entretanto, para representantes da Conmebol, o termo utilizado na ofensa não seria considerado racista. Segundo o Coronel Waldir Rapello Dutra, responsável pela segurança do Corinthians, Francisco Britez, secretário geral da Conmebol, afirmou que "macaco" não é racismo.
"Não sei se me fiz entender, porque falei português. Quem disse isso (que não seria racismo o termo macaco) foi Don Francisco, secretário geral da Conmebol. Eu expliquei a ele o que houve com Tinga, com Grafite, com Aranha", disse o Coronel Dutra.
A entidade sul-americada ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. Mas, ainda sobre a interpretação do caso por quem estava de fora, o Coronel Dutra acrescentou: "Dependendo da forma como for tratado o 'macaco' por eles, o delegado paraguaio não entende como racismo".
O técnico Tite, que também não se conformou com o caso, pediu punição pesada ao zagueiro do Danubio.
"Tomara que as pessoas possam ficar atentas a essas situações no esporte, no âmbito social. Tomara que quem tenha responsabilidade fique atento a isso", concluiu Tite em coletiva de imprensa após o jogo.
Nesses casos, a falta de punição faz com que algo inaceitável como isto, se torne "comum" no futebol. Entretanto, a "vingança" corinthiana veio dentro de campo, mostrando um bom futebol e vencendo por 4 a 0, independente da falta de civilidade dos adversários.