Carille recorda convite para assumir Corinthians e fala sobre impeachment de Roberto
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Por Vinícius Souza
O Corinthians inicia 2017 de técnico novo. Com pouco dinheiro para investimentos e sem interesse em grandes mudanças, a diretoria do Timão decidiu apostar em Fábio Carille, ex-braço direito de Tite e auxiliar do clube há mais de sete anos. Tranquilo, o agora treinador abriu o jogo e recordou o período que antecedeu sua efetivação, quando o presidente Roberto de Andrade chegou a buscar outros nomes e, sem sucesso, decidiu apostar no assistente.
“Quando eu saí para a chegada do Oswaldo, eu participei de tudo. O presidente tinha a ideia de trazer um novo profissional para 2017. Eu mesmo falei: ‘Já que tem essa ideia, por que não trazer o quanto antes? Para conhecer o elenco e, em cima das necessidades, trazer os novos jogadores para 2017’. Agora, foi uma surpresa. No dia 22 de dezembro, estava viajando para São Paulo, para a formatura da minha filha. Por volta das 10h, o telefone tocou, eu estava na região de Campinas. Pediram para que eu comparecesse no Parque São Jorge. Na hora que me perguntaram se eu queria, não tive dúvidas, aceitei na hora”, contou Carille em entrevista ao SporTV.
“Sempre fiquei muito ciente de toda a situação do clube. O presidente sempre me deixou a par de tudo. Naquele momento, eu sabia que poderia ser treinador só até dezembro. Mas, em conjunto, eu participava de tudo, eu mesmo passei a necessidade de trazer um profissional o quanto antes, já que ele queria um treinador para 2017. Eu, com muita naturalidade, recebi essas informações. Agora, estou muito tranquilo e feliz por este momento”, acrescentou.
Entre outros assuntos, Carille foi questionado a respeito do processo de impeachment contra Roberto de Andrade protocolado por conselheiros do clube no fim de 2016. O técnico entende que as divergências políticas pouco podem atrapalhá-lo no comando da equipe, sobretudo se os resultados positivos vierem.
“Eu sei que vou ser cobrado por resultados, independente da situação política do clube. O que está acontecendo no Parque São Jorge pouco chega aqui no CT. A gente tem uma tranquilidade muito grande para trabalhar aqui. Acredito que vamos trabalhar para que nada de fora venha nos atrapalhar”, sintetizou o profissional, que fala em realizar “grande trabalho” no Timão.
“Na verdade, aquele período foi de autoavaliação, para o clube e para mim também. Isso dá uma certeza, uma confiança de que o trabalho vai ser bom, de que a equipe vai ser organizada. Naquele momento ali, eu era um treinador, até um período, interino. Agora, efetivado, tenho confiança de que vamos fazer um grande trabalho”, finalizou.