Pós-impeachment, Roberto de Andrade tem novo desafio político no Corinthians
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
O presidente do Corinthians mal teve tempo de "festejar" o veto do impeachment contra o qual lutava e já tem uma bomba no colo: as aprovações da previsão orçamentária de 2017 e das contas de 2016, ambas referentes às finanças do clube.
Um dos assuntos mais discutidos na reunião do Conselho da noite desta segunda-feira, no Parque São Jorge, foi justamente o desafio de Roberto de Andrade de lidar de forma transparente com as contas do Corinthians. "Se ele tem tudo certo nas contas, já mostra em 15 dias e acaba com a sangria logo", declarou um conselheiro à reportagem do Meu Timão.
A oposição se apega agora às dificuldades financeiras do clube para tentar arquitetar um novo processo de impeachment. A situação, por sua vez, vê as contas corinthianas como um vespeiro no qual Roberto de Andrade terá de mexer se quiser estabilizar o cenário político do clube.
Fato é que já houve duas reuniões recentes na qual havia expectativa de Roberto de Andrade apresentar a previsão orçamentária. Em nenhum dos encontros, em dezembro e janeiro, o assunto foi colocado para aprovação dos conselheiros.
Um novo encontro marcado para o fim de março prevê votação das contas pelos conselheiros. Roberto de Andrade tem ate lá para passar tudo a limpo.
Vale lembrar que, no caso de reprovação das contas, o presidente do Corinthians corre o risco, de acordo com o estatuto de clube, de ser destituído por improbidade administrativa. Nesse caso, um novo pedido de impeachment deverá ser protocolado. O último processo contra Roberto de Andrade demorou quatro meses para ter um desfecho.