Tite poderia não ter retornado ao Corinthians em dezembro de 2014. É o que revelou o próprio técnico da Seleção Brasileira em entrevista ao jornal português O Jogo neste domingo. De acordo com ele, um clube chinês (de nome desconhecido) o procurou logo após deixar o comando do Timão em 2013, quando acabou substituído por Mano Menezes.

“Sim, tive (oferta da China). Foi no fim de 2013, logo depois que deixei o Corinthians. Na época, no entanto, eu apostava na oportunidade de assumir a Seleção Brasileira”, afirmou Tite. “Acreditava que, se fosse para o futebol chinês, pudesse perder visibilidade. Queria mostrar o meu trabalho”, acrescentou o comandante, explicando a razão da negativa.

Entre outros assuntos relativos à Seleção Brasileira, Tite recordou o momento pós-conquista do Mundial de Clubes no Japão com o Corinthians, em 2012, para ponderar por que não aceitaria uma eventual renovação contratual proposta pela CBF antes da Copa do Mundo de 2018.

“Não pensei nisto (renovação) ainda, admito. Quando fui campeão mundial com o Corinthians, em 2012, senti que fiquei habilitado para ser lembrado dentro da Seleção Brasileira. Consegui, hoje estou na Seleção. Agora, o foco é o apuramento e, em seguida, a disputa do Mundial. Se o Brasil for campeão, quero dar um tempo e analisar o rumo da minha carreira, porque é difícil planejar o futebol a longo prazo. Mas uma coisa é certa: atingi o máximo em termos de posição profissional”, finalizou.

A terceira passagem de Tite pelo Corinthians teve fim em junho da temporada passada, quando ele aceitou o convite de Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF, para suceder Dunga. Desde então, levou o Brasil da sexta colocação à liderança das Eliminatórias Sul-Americanas ao Mundial. A convocação para os próximos compromissos da equipe nacional pelo torneio, contra Uruguai e Paraguai, está marcada para a próxima sexta-feira, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em evento realizado pela Gol Linhas Aéreas.

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