Fagner detalha plano tático do Corinthians e destaca armas antes de decisão
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Por Meu Timão
Dono da melhor defesa do Campeonato Paulista, com nove gols sofridos em 15 jogos, o Corinthians será colocado à prova mais uma vez nesta quarta-feira. Pela Copa do Brasil, a equipe alvinegra encara o Internacional na Arena Corinthians depois de empatar por 1 a 1 no jogo de ida, há uma semana, no Beira-Rio. Para Fagner, titular absoluto da lateral direita, parte considerável do “sucesso” do Timão na temporada se deve ao sistema defensivo armado pelo técnico Fábio Carille.
“A gente sabe que, para vencer o jogo, o mais importante é não sofrer gols. Se você fizer três e tomar quatro, acaba perdendo o jogo. A gente está tentando buscar esse equilíbrio cada vez mais. Se a gente pudesse ganhar todos os jogos de 4 a 0 ou 5 a 0, seria ótimo. Mas a gente tem que buscar esse equilíbrio, fazer uma boa marcação, ter um time consistente, para dar essa confiança para os jogadores da frente, para que eles consigam criar sem medo de errar. A gente tenta passar esse suporte para eles. Assim como, quando a gente não tem a bola, eles fazem uma primeira marcação e a bola já não chega tão boa para os jogadores adversários”, afirmou Fagner em entrevista ao programa Seleção SporTV.
“É muito importante a equipe, como um todo, ter essa consciência. Os nossos pontas, que jogam na minha frente e na do Arana, sabem que é importante a função deles na parte defensiva. Quando eles voltam para marcar, dobram a marcação, muitas vezes, a bola pode chegar mais quebrada, ela não chega tão inteira para o adversário. Isso dificulta o adversário. Esse mérito é dos meus companheiros, que me ajudam bastante”, acrescentou.
Duas formações táticas foram alternadas por Carille desde a pré-temporada: 4-1-4-1, com o volante Gabriel na contenção e Maycon livre para ajudar na criação de jogadas ofensivas, e 4-2-3-1, no qual o segundo homem de meio de campo tem maior obrigação defensiva. De acordo com o camisa 23, todos os jogadores compraram a ideia do treinador no que diz respeito à marcação.
“Todo mundo entende a filosofia que o Fábio (Carille) colocou, que todo mundo tem a sua importância na marcação e, na hora de jogar, todo mundo tem que aparecer também. O ponta me ajuda a marcar e, na hora de atacar, eu tenho que ajudar também. Isso é muito importante, para a gente fazer um conjunto muito forte e uma equipe consistente, que sofra poucos gols”, frisou o lateral, que relacionou os métodos de Carille com os de seu antecessor, Tite, hoje comandante da Seleção Brasileira.
“Muita coisa o Carille trouxe de ideia para ele, do que o Tite fazia. Ele tem mais ou menos a mesma filosofia. Fica muito mais fácil, para quem já estava no clube naquela época, entender o que o Fábio quer passar, até para ajudar os jogadores que estão chegando agora. Então isso facilita bastante para a equipe ir se encaixando. Aos poucos, ele vai colocando as suas ideias. Ele não vai seguir tudo o que tinha, mas ele seguiu o que era bom. E, aos poucos, ele está colocando o que ele tem de pensamento. Tenho certeza de que as coisas estão em um caminho certo”, concluiu.
O Corinthians encara o Internacional nesta quarta, às 21h45 (de Brasília), na Arena em Itaquera, valendo vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. O Timão depende de uma vitória simples ou empate sem gols para conquistar a classificação à próxima fase.