De 'tapa-buraco' a peça fundamental: a importância da base no título do Paulistão
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Por Vinícius Souza
Caique, Léo Príncipe, Guilherme Arana, Pedro Henrique, Léo Santos, Maycon, Marciel, Pedrinho e Léo Jabá. O que todos esses jogadores têm em comum? São formados nas divisões de base do Corinthians e compõem o elenco alvinegro campeão paulista de 2017, diante da Ponte Preta, neste domingo, na Arena Corinthians.
Dar chance às pratas da casa na equipe profissional é reivindicação de torcedores do Timão há inúmeras temporadas. Para parte da Fiel, o número de jogadores oriundos da base aproveitados na categoria principal é inferior ao ideal, haja vista o fato de o clube ser o maior campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior (dez vezes), apontada como principal torneio de base do país.
A efetivação de Fábio Carille no Corinthians, no fim de 2016, trouxe fôlego novo ao assunto. Ao assumir a equipe, o ex-auxiliar prometeu mais oportunidades aos jovens talentos, sobretudo para os campeões da geração 2015, embora tenha promovido o volante Guilherme Mantuan, o meia Pedrinho e o centroavante Carlinhos, destaques do decacampeonato da Copinha – apenas o segundo, eleito craque da competição, foi inscrito no Paulista.
Carille não só chamou atletas da base para participarem do dia a dia no CT Joaquim Grava como passou a utilizar com frequência dois deles: o lateral-esquerdo Guilherme Arana e o volante Maycon, subaproveitados por Tite, que só não realizaram pré-temporada junto ao elenco porque serviram à Seleção Brasileira Sub-20 no Sul-Americano do Equador.
Tanto o ala quanto o meia, cedidos no passado a Atlético-PR e Ponte Preta a fim de adquirir experiência, ganharam respaldo da comissão técnica e se tornaram titulares do Corinthians finalista do Campeonato Paulista. Arana, inclusive, foi quem mais deu assistências ao longo da vitoriosa campanha (quatro), enquanto Maycon terminou o certame como o terceiro corinthiano com mais arremates a gol.
Isso sem falar nos dois veteranos forjados no Parque São Jorge igualmente campeões. Fagner e Jô cresceram no clube, rodaram por equipes do Brasil e da Europa e voltaram para casa. Titulares incontestáveis sob o comando de Carille, os dois só corroboram para aquilo que a Fiel solicita há bastante tempo: base não deve, mas pode ser solução.